Cotidiano

Prefeitura de Santos adia resultado de sindicância que apura morte no PS por bactéria

O secretário Marcos Calvo havia garantido para ontem. No entanto, cobrado pelo Diário do Litoral, a Secretaria jogou para semana que vem a revelação do que foi apurado

Publicado em 18/09/2015 às 00:37

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O secretário de Saúde de Santos, Marcos Calvo, tinha dado como certo que o resultado da sindicância que apura as duas mortes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Pronto-socorro Central de Santos sairia ontem. No entanto, cobrado pelo Diário do Litoral, a Secretaria jogou para semana que vem a revelação do que foi apurado, sem dar nova dada e nem como será realizada a apresentação dos resultados.   

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O caso do PS Central foi publicado em primeira mão pelo DL no dia 14 de agosto último, sob o título ‘Vereador denuncia bactéria letal na UTI’, dando conta que as duas pessoas que haviam falecido teriam sido infectadas por bactéria produtora da enzima Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC). A denúncia foi do vereador Evaldo Stanislau (PT) e os reflexos da reportagem acabaram ocasionando a interrupção das internações e uma reavaliação clínica de todos os pacientes da unidade.

A enzima impede que os remédios façam efeito. Em algumas pessoas, pode provocar males como infecção urinária, pulmonar e generalizada levando à morte. Stanislau descobriu a situação pessoalmente após ser alertado por equipes que trabalham na UTI do PS Central.

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No local, constatou falta de regras de operações para lidar com a situação e de mecanismos de proteção para evitar infecções cruzadas; que remédios prescritos não foram comprados; falta de manual de rotinas para precauções e controle de infecções; da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) operacional (o que é obrigatório por intermédio da Portaria Ministerial 2.616/98); de insumos básicos; equipes completas de enfermagem; de equipamentos (estetoscópios, termômetros e outros); documentos de rotina e procedimentos padronizados para higienização de circuitos respiratórios.

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Desdobramentos

A situação gerou sindicância administrativa aberta pela Administração Municipal; abertura de inquérito policial pela delegada Daniela Perez Lázaro, do 2º Distrito Policial de Santos — sobre a possibilidade de ter ocorrido crime de homicídio causado por negligência; inquérito civil pela Promotoria de Justiça de Saúde Pública de Santos e uma audiência pública na Câmara. A sindicância é composta por um advogado e dois médicos infectologistas e avalia todos os pontos apontados por Stanislau.

Calvo não descartou a possibilidade dos pacientes terem morrido por contrair a bactéria.

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