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Na tarde da última quintafeira (26), a Advocacia Geral do Município (AGM) de Guarujá notificou extrajudicialmente a Translitoral — concessionária de transporte municipal — dando prazo de até 48 horas para que a empresa apresente providências concretas, quanto à possível paralisação do serviço na Cidade. Com a medida, a Administração Municipal visa a continuidade do serviço, de modo a resguardar os direitos dos usuários e trabalhadores.
Empregados da empresa vem ameaçando entrar em greve na próxima sexta-feira (4). A paralisação deve envolver 500 motoristas e 300 empregados de manutenção, fiscalização e escritórios, já em estado de greve. A frota envolve 177 ônibus, de aproximadamente 30 linhas urbanas, que transportam 75 mil passageiros por dia.
A decisão foi aprovada em duas assembleias do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Santos e Região, na última quarta-feira (25). As assembleias recusaram proposta da empresa, que não previa nenhum reajuste para os motoristas, mas apenas a incorporação de dupla função de R$ 283,00 aos salários.
Aos demais empregados, a Translitoral oferecia reajuste salarial de 7%, sem correção no vale-refeição e cesta básica. Os trabalhadores reivindicam a incorporação da dupla função aos salários, reajuste de 8%, extensivo aos benefícios de todos os empregados, e vale-refeição de R$ 16,00.
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Não se sabe se coincidência, ou não, mas a empresa também está reivindicando 8% de aumento à Prefeitura de Guarujá. Se isso ocorrer, a tarifa do ônibus poderá ser reajustada de R$ 2,90 para R$ 3,10.