Cotidiano

Prefeito de Santos quer investir cerca de R$ 25 milhões na Secretaria de Comunicação

Orçamento da pasta supera a soma das dotações para Turismo, Desenvolvimento Urbano e Defesa da Cidadania

Publicado em 15/11/2015 às 11:09

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Para o ano que vem, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) reservou 24,7 milhões para a Secretaria de Comunicação e Resultados, pasta diretamente relacionada à publicidade e propaganda de seus atos frente ao Executivo santista. O valor está definido no Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA-2016), que tramita na Câmara de Santos.

Para se ter uma ideia, os milhões gastos com publicidade e propaganda – incluindo a mão de obra da pasta, impressão e distribuição do Diário Oficial – são mais de 10 vezes o que o prefeito pretende investir ano que vem na construção, ampliação e reforma de unidades municipais de ensino (somente R$ 2,33 milhões).

O prefeito Paulo Alexandre vai investir R$ 14 milhões na ampliação da rede de atenção básica, média e alta complexidade de Saúde (R$ 10 milhões a menos do que pretende gastar em comunicação) e R$ 14,94 milhões em locação e combustível. Ou seja, vai gastar mais com comunicação do que com o deslocamento de agentes que compõem a máquina administrativa.

A Prefeitura enviou a LOA para os vereadores, que já estão oferecendo emendas ao projeto (Foto: Matheus Tagé/DL)

Outros números

A LOA 2016, que se encontra sob análise dos vereadores, aponta outros valores que, se comparado à publicidade e propaganda, são até mais interessantes. Por exemplo, a Secretaria de Turismo terá um orçamento de R$ 8,97 milhões, a de Desenvolvimento Urbano R$ 7,61 milhões e a de Defesa da Cidadania R$ 6,58 milhões, totalizando R$ 23,16 milhões. As três pastas juntas não atingem o investimento em comunicação.

Curiosidades

Outros valores do orçamento 2016, enviado por Paulo Alexandre à Câmara, também merecem atenção. Por exemplo, o gasto com serviços de digitação e revisão de textos de atos oficiais, trabalho que deveria ser executado por funcionários públicos efetivos e que vão demandar R$ 818 mil. A Concha Acústica, cuja reforma demandou valores na ordem de 1,2 milhão, vai absorver R$ 193 mil somente para monitorar seu som. E a Câmara de Vereadores, em que a reforma foi alvo até do Ministério Público (MP), contará com R$ 4 milhões para reforma e aquisição de imóveis. O Legislativo santista já conta com um repasse anual de R$ 83,7 milhões para suprir despesas próprias.

O projeto de lei que estima a receita e fixa a despesa de Santos para o ano que vem prevê um orçamento líquido de R$ 2,55 bilhões, envolvendo a administração direta e indireta. Ele ainda terá que ser aprovado pelo Legislativo para entrar em vigor em janeiro próximo. Quinta-feira (12) foi o último dia para os parlamentares apresentarem emendas à lei.

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