Prefeito de Santos garante que ‘bairros serão monitorados’

O primeiro passo para a implantação efetiva do Centro de Controle Operacional (CCO) foi dado ontem pela Prefeitura de Santos: a publicação dos editais. O primeiro edital, no valor de R$ 7,65 milhões, diz respeito às obras civis do Centro e tem a abertura dos envelopes marcada para o dia 17 de dezembro. Já o segundo edital, cujos envelopes serão abertos no dia 1º de dezembro, tem valor de R$ 5 milhões e é relacionado à infraestrutura tecnológica do novo serviço. Os recursos são repasses do Estado. Até o final de 2016, o CCO estará em pleno funcionamento.

Ontem, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa apresentou os detalhes do projeto à imprensa. Segundo ele, mobilidade urbana e segurança pública são os focos deste novo sistema, inspirado nos centros de controle de Nova Iorque, Bogotá e Rio de Janeiro. “Todos os bairros de Santos serão monitorados. Nós vamos utilizar as tecnologias mais modernas do mundo para avançar em grandes desafios da cidade que são a mobilidade urbana, o trânsito diário e a questão da segurança. São os focos principais do nosso CCO. Santos vai dar um passo a frente em termos de modernidade, de gestão e, principalmente, em respostas mais rápidas à população. Este é o grande objetivo deste centro de controle que será instalado
no município”, explica.

O CCO irá centralizar o monitoramento das câmeras de vigilância de toda a Cidade e integrar uma série de serviços públicos, como polícias Civil, Militar e Federal, Guarda Municipal, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Samu, CET, EMTU, concessionárias (CPFL, Comgás, Sabesp) e serviços da Prefeitura. “Vamos cooperar com o trabalho da Polícia Militar e Polícia Civil do Estado de São Paulo. É importante que o município faça a sua parte e atuar como já estamos fazendo. Quando nós assumimos a cidade, tínhamos 188 câmeras instaladas. Hoje já são mais de 350, no que vem serão mais de 500. Ter a cidade cada vez mais segura é o nosso objetivo”, garante Barbosa.

Agilidade
A ideia é proporcionar maior agilidade no atendimento a urgências e acidentes, maior poder de gerenciamento de crises e segurança, graças ao acompanhamento em tempo real de locais estratégicos da Cidade e permitindo o compartilhamento de informações por parte de todos os agentes envolvidos.

Serviço
O serviço irá funcionar em uma área de 800 metros quadrados no embasamento do Paço onde até hoje funcionava o arquivo de processos da Prefeitura de Santos, que será transferido para as dependências da Fundação Arquivo e Memória de Santos. “Hoje, com o sistema que temos em ação já temos uma interação com a Polícia. Com este novo equipamento, mais moderno, nós vamos ter esta integração. Na medida em que uma ocorrência seja flagrada pelo CCO, imediatamente é acionada a viatura da Guarda mais próxima do local e da própria Polícia”, explica o prefeito. O CCO terá sete ambientes — monitoramento, crise, segurança, atendimento, operação, reunião e imprensa – que funcionarão 24 horas e abrigarão 50 funcionários.

Sobre uma possível integração deste sistema com demais sistemas de monitoramento da Região, Paulo Alexandre adianta que a discussão já está sendo feita pela Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem). “O sistema que estamos implantando em Santos é inédito. Já existe um grupo fazendo a discussão para a integração metropolitana no âmbito da agência metropolitana através do Gamesp. O Estado deve apoiar também os outros municípios para que a gente possa ter este sistema integrado para obter resultados em toda a Região”.

Investimentos
Após a obra civil do CCO, a Prefeitura precisará dar infraestrutura ao centro. Para ter recursos para as fases futuras, o prefeito encaminhou projeto de lei à Câmara Municipal na última quinta-feira, dia 13, solicitando autorização para contratação de empréstimo de R$ 12 milhões junto ao BNDES.