Farid fez uma avaliação dos primeiros 30 dias de administração e as perspectivas para 2025 no Teatro Procópio Ferreira / Divulgação/PMG
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O contrato entre a Prefeitura de Guarujá e a City Transportes, concessionária do transporte coletivo urbano, teve uma redução de quase 60%. Em dezembro último, a Administração, sob regência do prefeito Valter Suman, pagou quase R$ 7 milhões (R$ 6.957.320,63).
A primeira nota emitida pela empresa à Prefeitura, em janeiro deste ano, já sob a Administração Farid, o valor foi de pouco mais de R$ 4 milhões (R$ 4.215.468,15).
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"E estamos negociando para que a redução seja ainda maior. Isso está sendo feito em todos os contratos", afirma Farid.
O prefeito deu o exemplo acima na última quinta-feira (6), no Teatro Procópio Ferreira, para um público de mais de 500 pessoas, quando fez uma avaliação dos primeiros 30 dias de administração e as perspectivas para 2025.
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"Somente com três contratos não executados na área da Educação conseguimos uma economia de R$ 20 milhões. Recebemos uma herança financeira de R$ 487,2 milhões, sendo R$ 377,2 milhões em dívidas correntes e R$ 110 milhões em serviços sem empenho", acrescenta. Os restos a pagar serão parcelados em 36 meses.
Ainda sobre a questão do transporte público, o atual prefeito de Guarujá disse que a redução foi tão significante, que o Município está pagando hoje o que pagava em 2019. Desta ano até 2024, a City recebeu quase R$ 380 milhões (R$ 378.043.174,86) em subsídios.
Um levantamento feito pela Prefeitura, apresentado à Reportagem mostra as discrepâncias e divergências ocorridas em relação ao transporte público em Guarujá nos último anos, comparando-se a City com outras empresas do mercado.
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A City coloca à disposição da população 148 veículos, com uma média de cinco funcionários por veículo. A empresa possui 687 funcionários no total, incluindo os motoristas.
Em média, as empresas consultadas para efetivar o estudo emprega quatro por veículo e 481 funcionários no geral. A folha de pagamento entre a City e a empresa gera uma diferença de R$ 2,6 milhões/mês, aproximadamente.
Saindo das despesas com pessoal e entrando nos insumos, as diferenças também são gritantes. A City gastaria por mês em combustível R$ 20.270,27, quando outras empresas gastam R$ 12.500,00. São R$ 3 milhões/mês com a frota contra R$ 1,85 milhão.
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Entre peças e pneus, R$ 872 mil a City e R$ 212 mil as empresas consultadas.
Vale lembrar que Guarujá sofreu, recentemente, com uma greve parcial dos transportes. A Prefeitura teve que apelar à Justiça e, por determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT)), a City teve que circular 80% dos ônibus nos horários de pico, das 7 às 10 e da 17 às 19 horas. E 60% no período normal.
O número médio de passageiros por dia útil é de 75 mil, caindo para 45 mil no fim de semana. A empresa opera 40 linhas, entre as diurnas, noturnas, duas gratuitas e uma entre a estação rodoviária e o hipermercado Assaí. Betinho espera que tudo se resolva na audiência desta semana.
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A Prefeitura de Guarujá continua analisando as inúmeras inconsistências encontradas nas informações técnicas, financeiras, administrativas e operacionais fornecidas pela empresa para que possa tomar as providências cabíveis.