Cotidiano

Prefeito comemora chegada de refinaria que vai criar 4 mil empregos no litoral de SP

A nova unidade na Refinaria Presidente Bernardes Cubatão será pioneira no país, dedicada exclusivamente à conversão de óleos vegetais em combustíveis

Nilson Regalado

Publicado em 22/01/2025 às 18:34

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Prefeito César Nascimento celebrou a chegada da futura planta de produção de bioquerosene de aviação e de diesel 100% renovável / Divulgação/PMC

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O prefeito César Nascimento, em entrevista ao Diário, comemorou a chegada da futura planta de produção de bioquerosene de aviação (BioQAV) e de diesel 100% renovável (Diesel R) que trará "milhares de empregos" (cerca de 4 mil) para Cubatão.

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A nova unidade na Refinaria Presidente Bernardes Cubatão (RPBC) será pioneira no país, dedicada exclusivamente à conversão de óleos vegetais em combustíveis, representando o maior investimento na refinaria em quatro décadas.

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Conforme revelado pelo Diário em setembro de 2023, um acordo de cavalheiros firmado entre lideranças políticas de Cubatão, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário da Baixada Santista (Sintracomos) e Petrobras vai reservar pelo menos três dos quatro mil empregos para moradores da região.

Essas vagas estão previstas ainda para o primeiro bimestre de 2024 e serão ocupadas por trabalhadores envolvidos na construção de uma nova unidade para produção de biocombustíveis na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC).

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As obras vão dobrar a quantidade de operários em atividade na RPBC, que hoje conta com aproximadamente 800 empregados e outros três mil terceirizados.

"Nossa relação com a Petrobras é excepcional. Recentemente, a empresa anunciou a instalação de uma unidade de querosene verde na RPBC. Serão mais de R$ 5 bilhões aplicados e milhares de empregos criados. Desde o ano passado, quando eu ainda era secretário de Governo, trabalhamos juntos no planejamento desse grande projeto", afirmou Nascimento.

O chefe do Executivo cubatense minimizou a decisão da Petrobras de não selecionar a Refinaria Presidente Bernardes Cubatão (RPBC) como sede do futuro hub de hidrogênio (H2) planejado pela empresa no Estado de São Paulo.

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Segundo Nascimento, a "relação da Petrobras com a Administração Municipal é excelente", destacando ainda que a estatal "investirá R$ 5 bilhões" em Cubatão nos próximos anos.

O prefeito também minimizou a exclusão da RPBC do Estudo de Viabilidade que antecede a construção do futuro hub de H2, empreendimento que receberá um investimento de aproximadamente US$ 1 bilhão, conforme divulgado pelo Diário do Litoral no domingo (19).

"Confio que a Petrobras está tomando decisões técnicas adequadas. É fundamental diversificar a produção de energia limpa no Estado, e Cubatão está na vanguarda. Além da planta de querosene verde, somos pioneiros na produção de amônia verde, obtida a partir do subproduto da biomassa de cana, em parceria com a Yara", argumentou Nascimento.

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Ele completou dizendo que a escolha de outras refinarias para o projeto de hidrogênio se justifica tecnicamente, dado o volume significativo de investimentos já destinados à RPBC.

Obras em Cubatão

A nova planta de bioquerosene de aviação e diesel renovável integra o Plano Estratégico da Petrobras para os próximos cinco anos.

O investimento será de aproximadamente US$ 600 milhões (cerca de R$ 3,6 bilhões) e terá duração de 36 meses. A planta terá capacidade para processar até 800 mil toneladas de óleos vegetais anualmente, consolidando a Petrobras como uma empresa mais diversificada no setor de energia.

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Estima-se que a nova unidade produzirá cerca de seis mil barris diários de bioquerosene de aviação e outros seis mil barris de diesel renovável.

Emergência Climática

A nova unidade desempenhará um papel crucial no combate à emergência climática. O Programa BioRefino é um dos pilares do Plano Estratégico da Petrobras, que projeta um aumento na demanda por combustíveis sustentáveis de aviação (SAF, na sigla em inglês), em função de normas internacionais mais rigorosas que entram em vigor a partir de 2027.

Como desdobramento do Acordo de Paris, a Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO) exige a adoção progressiva de combustíveis sustentáveis pelas companhias aéreas. O Acordo de Paris, assinado em 2015 durante a COP21, tem como objetivo reduzir as mudanças climáticas causadas pelo acúmulo de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.

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Os novos combustíveis sustentáveis, como o diesel renovável e o bioquerosene produzidos na RPBC, podem reduzir as emissões de gases de efeito estufa em até 90% em comparação aos combustíveis fósseis tradicionais.

Atualmente, a capacidade de produção da RPBC é de 178 mil barris diários, incluindo gasolina aditivada, óleo diesel, gás de cozinha, querosene de aviação, combustível para navios, nafta e enxofre.

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