EXPORTAÇÕES

Preço do café usado no espresso dispara e atinge maior valor desde 2016

Dois dos três maiores exportadores de café robusta do mundo tiveram queda na produção por motivos climáticos

Nilson Regalado

Publicado em 15/03/2024 às 07:00

Atualizado em 15/03/2024 às 10:00

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No final da semana passada, a saca do robusta atingiu R$ 889,32 / Christina Rumpf / Unsplash

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As exportações brasileiras de café robusta cresceram 531,4% no primeiro bimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2023. Em volume, isso significou 1,03 milhão de sacas de 60 quilos. E os principais compradores do grão brasileiro são duas nações que estão entre as maiores produtoras dessa variedade no mundo.

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Com a quebra na produção do Vietnã e da Indonésia, os embarques brasileiros para esses países cresceram 30% e 400%, respectivamente. Resultado: o preço do café robusta disparou, atingindo o maior valor real (descontada a inflação) desde novembro de 2016.

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No final da semana passada, a saca do robusta atingiu R$ 889,32. Ontem, o preço havia caído para R$ 869,74, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), ligado à Escola Superior de Agronomia da USP.

Também conhecido pelo nome de coffea canephora, conillon ou café robusta é produzido principalmente nos estados do Espírito Santo, Rondônia e Bahia e não tem a mesma riqueza sensorial oferecida pela variedade arábica, colhida em São Paulo, Minas Gerais e Paraná, principalmente.

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Porém, por possuir maior teor de cafeína, o robusta é mais utilizado no preparo do chamado café espresso. Porém, por ser mais barato, o grão acaba misturado ao arábica nos chamados blends, que são marcas registradas de cada marca de pó vendido no varejo.

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