Cotidiano

Preço de alimento queridinho dos brasileiros cai quase pela metade; confira

Colheita é intensa na Região Sul e, no campo, o feijão-preto já registrou no mês passado cotações 42% abaixo do valor praticado em fevereiro de 2024

Nilson Regalado

Publicado em 24/03/2025 às 09:10

Atualizado em 24/03/2025 às 11:34

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O consumo brasileiro anual historicamente gira em torno de 3 milhões de toneladas de feijão / Pexels

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Os preços do feijão-preto já estão mais atrativos para o consumidor do que os valores cobrados pelo feijão-carioca. Essa vantagem se deve à intensa colheita dessa variedade, típica da feijoada, nos estados da Região Sul, especialmente no Paraná, o maior produtor de feijão do Brasil. E os preços devem ficar ainda mais baixos a partir de abril, quando começa a ser colhida a chamada segunda safra também nos estados no Centro-sul do País.

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Dados do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe) indicam que, no campo, a saca de 60 quilos do feijão-preto está custando entre 20% e 30% menos que o feijão-carioca. Em situações anteriores, essa diferença de preço atraiu os consumidores, resultando em uma migração significativa do consumo. E a expectativa do setor feijoeiro é que a diminuição da oferta de do carioca, prevista para os próximos dias, impulsione ainda mais o consumo do preto.

E, desde o começo do ano, o feijão vem ajudando a amenizar a inflação dos alimentos. Segundo o Ibrafe, o feijão-carioca fechou o mês de fevereiro com preços 29% abaixo dos valores praticados no mesmo período de 2024. Já o feijão-preto registrou cotações 42% abaixo do valor registrado em fevereiro de 2024.

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Esperança é governo

Embora a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projete uma terceira safra 7,3% menor que as projeções iniciais, os produtores esperam que o Governo Federal atue no mercado, comprando feijão-preto para recompor os estoques reguladores da Conab.

Essa medida é vista pelos agricultores representados pelo Ibrafe como uma solução para segurar os preços no mercado atacadista e evitar prejuízos no campo. Levantamento feito pelo Ibrafe junto a produtores, corretores e cerealistas indicam uma colheita próxima de 493 mil toneladas nos próximos meses.

O consumo brasileiro anual historicamente gira em torno de 3 milhões de toneladas de feijão, com a colheita dividida em quatro safras ao longo do ano, de acordo com as condições climáticas nas cinco regiões do País.
E, segundo cálculos da Conab, mesmo com a possível quebra na terceira temporada do ano, a produção nacional de feijão da safra 2024/25 deve atingir 3,3 milhões de toneladas. Isso representará um crescimento de 1,5% na comparação com o ciclo anterior, cujo ano-safra se estendeu do início da primavera de 2023 até o final do inverno de 2024.

Quanto às exportações, números da Secretaria de Comércio Exterior do Governo Federal analisados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP mostram que, em fevereiro, foram embarcadas 14,9 mil toneladas de feijão. Esse foi o maior volume para o mês desde 1997. E Os envios do produto ao exterior no acumulado de 12 meses são recordes, somando 388,2 mil toneladas.

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