Cotidiano

Preço das frutas dispara no Estado de SP, enquanto verduras despencam; saiba mais

Índice da Ceagesp, maior central atacadista de alimentos in natura da América do Sul avalia comportamento dos hortifrúti em 15 regiões do Estado

Nilson Regalado

Publicado em 12/10/2024 às 07:30

Atualizado em 12/10/2024 às 08:54

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

A sede do mundo pelo suco de laranja também tem impulsionado a compra da fruta / Agência Brasil

Continua depois da publicidade

Baliza mais bem calibrada que a inflação oficial do IBGE, o índice Ceagesp foca no Estado de São Paulo. E analisa os preços de alimentos nas centrais atacadistas espalhadas por todos os quadrantes do território paulista, à exceção da Região Metropolitana da Baixada Santista, a única das 16 regiões administrativas do Estado que não conta com unidades da Ceagesp. E, em setembro, o Índice Ceagesp apurou uma alta de 2,42% nos preços dos alimentos in natura no Estado.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Segundo os economistas da maior central atacadista da América do Sul, o destaque negativo foi o setor de frutas, com alta de 4,50% no mês. Enquanto isso, o setor de verduras foi o mais favorável ao consumidor, com queda de 8,74% nos preços no período. De janeiro a setembro, a inflação da feira acumula deflação de -2,47% no ano. Os dados foram revelados na quarta-feira (09).

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Dica para sua feira: cenoura mais barata e bananas mais caras nesta semana

• Ceagesp divulga frutas, verduras e legumes que caíram de preço na feira; confira

Sem o simplismo característico das análises televisivas, a informação regionalizada trazida pelo Índice Ceagesp mostra uma alta expressiva em itens como a laranja e o limão taiti. As duas frutas cítricas sofrem com o avanço de uma doença que dizimou pomares, primeiro na Ásia, depois na Flórida, e que vai lentamente empurrando os laranjais do Interior de São Paulo para outros estados como Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.

A sede do mundo pelo suco de laranja também tem impulsionado a compra da fruta pelas indústrias, o que aumentou a concorrência com o mercado varejista e, consequentemente, ajudou a elevar os preços da fruta. Sete em cada dez copos de suco de laranja consumidos no mundo são produzidos em São Paulo.

Continua depois da publicidade

Sazonalidade

Tanto a laranja quanto o limão também enfrentam uma entressafra, que logo estará concluída, o que pode dar ‘um refresco’ nos preços das duas frutas ao consumidor. Em setembro, limão taiti (+57,69%), laranja lima (+25,01%) e laranja pera (+15,94%) puxaram as altas.

O setor de verduras já vem acumulando, desde maio, sucessivas variações negativas de preço. E isso se deve, exclusivamente, ao clima. Sem chuvas torrenciais nem temperaturas exageradas como no verão, as folhosas costumam ter preços baixos no outono/inverno. Todo ano é assim, mas o cenário começa a reverter com a chegada da primavera. Entre os setores analisados pelos economistas da Ceagesp, este é o que acumula as maiores reduções de preço no ano (-32,25%) e em 12 meses (-6,12%).

O setor de diversos também registrou quedas expressivas nos preços nas centrais atacadistas do Estado. Nesse segmento, a deflação foi de -4,16% em setembro. Dos 11 itens cotados nesta cesta de produtos, 73% apresentaram redução de preço. Em agosto, a Ceagesp já havia registrado uma variação de -18,02%. Mesmo com os dois resultados favoráveis ao consumidor nos últimos dois meses, o setor acumula inflação de 29,79% em 12 meses.

Continua depois da publicidade

Em setembro, as principais reduções ocorreram nos valores de cebola nacional (-17,53%), ovos de codorna (-8,42%), batata escovada (-6,73%), batata asterix (-5,72%) e ovos brancos (-5,55%).

A sazonalidade também é favorável aos legumes. Mesmo assim, no mês passado esse segmento registrou alta de 1,58% nos preços do atacado em São Paulo. Com esse resultado, o setor acumula deflação de -14,20% neste ano.

E as maiores altas aconteceram em itens relativamente pouco consumidos ou com valores historicamente baixos, como jiló (+46,09%) e pepino japonês (+35,39%). As principais reduções ocorreram nos preços de pimentão vermelho (-32,63%) e pimentão amarelo (-26,67%).

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software