Cotidiano

Prainha Branca do Guarujá enfrenta onda de assaltos

Turistas estariam sendo surpreendidos nos acessos ao reduto na Mata Atlântica. A comunidade, sem proteção policial, já articula a montagem de um sistema de segurança particular

Carlos Ratton

Publicado em 20/10/2015 às 16:47

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Boa parte dos turistas que resolve passar o final de semana na Praia Branca — um dos últimos redutos caiçaras, situado na reserva ambiental da Serra do Guararu, em Guarujá — está sendo vítima de assaltos por marginais oriundos do bairro do Perequê e da cidade vizinha Bertioga.

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Segundo informações de uma moradora (que pediu sigilo de identidade por questões de segurança), a comunidade, sem proteção policial, já articula a montagem de um sistema de segurança particular, cujo pagamento pelo serviço seria por intermédio de uma taxa de segurança, cobrada dos moradores e pequenos comerciantes do lugar. Cerca de 560 pessoas vivem na Prainha.

Para se chegar ao local, é preciso percorrer uma trilha pela Mata Atlântica (construída pelos moradores) de cerca de 20 minutos que parte da balsa Guarujá-Bertioga, ao final da Rodovia Ariovaldo de Almeida Viana (SP-61), também conhecida como Rodovia Guarujá-Bertioga. Outra opção é fazer o caminho de barco. E, justamente, esses caminhos é que são utilizados pelos marginais e onde os visitantes estão sendo surpreendidos.

Toda essa exuberância natural distrai os visitantes e colabora para que os bandidos se utilizem do elemento surpresa para roubarem o que podem — dinheiro, cartões de bancos, celulares, máquinas fotográficas e outros objetos pessoais.

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Turistas estão sendo abordados nos acesso à Prainha Branca, diz moradora da região (Foto: Matheus Tagé/DL)

Ao longo do percurso, podem ser observadas espécies de plantas, animais e, do seu ponto mais alto, a bela vista da ilha junto à praia, cartão postal do passeio. Seja qual for a escolha, além de muito verde e árvores centenárias, o visitante poderá encontrar várias espécies de animais.

Segundo ela, os assaltantes estariam também atuando nas casas de pescadores e bares da Prainha. “A Prainha está decadente no quesito segurança e não há nada que possamos fazer. A associação do bairro quer armar caiçaras – revólveres e facas — sem experiência em armamento para fazer rondas na trilha”, revela a moradora.
No canto direito da Praia Branca, há outra trilha de aproximadamente 15 minutos de caminhada que dá acesso à selvagem Praia Preta. Já no canto direito da Praia Preta, há um acesso à trilha do Camburizinho. Com um percurso de cerca de 30 minutos, o visitante encontra um rio que deságua no mar, com acesso à cachoeira. Os ‘seguranças’ também poderiam patrulhar essas trilhas.

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Polícia

Sobre a falta de segurança na Prainha, o Comando da Polícia Militar, por intermédio de sua Assessoria de Imprensa, resumiu: “que ao verificar qualquer anomalia no tocante à segurança, a população tem à sua disposição os telefones de emergência do COPOM (190) para acionamentos diuturnamente, sendo que cabe ainda de esclarecer que os índices criminais para aquela região são baixos em relação a outras regiões da extensa área de atribuição da 5ª Companhia da PM. Mesmo assim, a companhia executa Operações Policiais constantes”.

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