Cotidiano

Praias do litoral brasileiro têm o pior nível de qualidade já registrado; entenda

Em contrapartida, o Litoral de SP registrou melhora na qualidade das praias

Ana Clara Durazzo

Publicado em 23/12/2024 às 13:33

Atualizado em 23/12/2024 às 14:01

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Pela primeira vez desde 2016, Santos não teve nenhuma praia péssima / Divulgação

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Segundo levantamento feito no último sábado (21), o Brasil registrou neste ano uma piora na qualidade das praias e atingiu o menor patamar de trechos próprios para banho durante o ano inteiro desde 2016.

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Levando em conta as 861 praias que tiveram a sua balneabilidade medida em todos os anos de 2016 a 2019 e de 2021 a 2024, apenas 258 estiveram próprias durante todas as medições deste ano.
É o menor número da série histórica que contempla oito dos nove últimos anos, com exceção em 2020, quando não foram registrados dados sobre balneabilidade devido a pandemia.

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Quando os dados começaram a ser registrados, em 2016, 384 destas mesmas praias foram classificadas como boas, ou seja, tiveram apenas classificações próprias durante o ano.

Os dados apontam que, mesmo as praias que  mantiveram constância na aferição da balneabilidade,  houve uma progressiva queda na qualidade da água.

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Dentre as praias que tiveram queda na qualidade da água estão alguns destinos turísticos badalados como Morro de São Paulo, no baixo-sul da Bahia.

Em 2016, as 3ª e 4ª praias do balneário eram consideradas boas, mas neste ano elas foram respectivamente classificadas como ruim – imprópria em mais de 25% das medições – e péssima – imprópria em mais da metade dos testes realizados ao longo do ano.

Para o levantamento, foram consideradas normas federais. Um trecho é considerado próprio se não tiver registrado mais de 1.000 coliformes fecais para cada 100 ml de água na semana de análise e nas quatro anteriores.

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Em um período de 12 meses, foram apurados dados das praias de 14 estados. As praias do Amapá, Piauí e Pará ficaram de fora porque não medem a qualidade da água.

O método da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo)  foi adotado para a classificação anual.
Nos dois extremos estão as boas, próprias em todas as medições, e as péssimas, impróprias em mais da metade das medições.

Nadar em áreas impróprias pode causar problemas de saúde, sobretudo doenças gastrointestinais ou de pele, como micoses. 

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De todos os 1.361 pontos do litoral brasileiro que disponibilizaram dados sobre balneabilidade em 2024, só 416 foram considerados bons o ano todo (30,6%). 

Outros 447 foram avaliados como ruins ou péssimos (32,8%) e 416 regulares (30,6%). Há ainda 82 pontos sem medição (6%).

O Sul concentra o maior percentual de praias boas (36,3%). Os destaques são os estados do Rio Grande do Sul, com 81,4% de praias próprias o ano inteiro, e Paraná, com 63,6%.

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Santa Catarina vai na contramão com apenas 21% das praias classificadas como boas neste ano. Um dos principais destinos turísticos do estado, Balneário Camboriú teve apenas 3 dos 15 pontos de medição considerados bons. Dentre os demais, 1 estava regular, 7 ruins e 4 péssimos.

Dentre os estados Nordeste, Maranhão e Bahia concentram a maioria das praias consideradas ruins ou péssimas. Em Salvador, as praias da Pituba, Corsário e Cantagalo passaram a figurar entre as péssimas, ouseja, impróprias em mais da metade das medições..

O Rio de Janeiro se destaca como o estado com o pior percentual de praias classificadas em 2024 como ruins ou péssimas: 43,4%.

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Em contrapartida, Santos, teve melhora na qualidade das suas praias neste ano. Pela primeira vez desde 2016, a cidade não teve nenhuma praia péssima.

Dos sete pontos analisados pela Cetesb (agência ambiental paulista), cinco foram classificados como ruins e dois, como regulares. Em 2023, foram quatro péssimos e três ruins e, no ano anterior, todos estavam péssimos.

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