Cotidiano

Praia do Tombo: MP dá prazo para Prefeitura e Sabesp se manifestarem

MP deu 20 dias para obter informações sobre fiscalização para impedir as ligações clandestina na rede de esgoto na praia

Carlos Ratton

Publicado em 07/12/2024 às 09:54

Atualizado em 07/12/2024 às 09:54

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MP-SP apura com Prefeitura e Sabesp as denúncias de esgoto / Matheus Marques/Divulgação

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O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), por intermédio do promotor Osmair Chamma Júnior, deu prazo de 20 dias - até 24 de dezembro - para que o prefeito de Guarujá, Valter Suman, e a superintendente da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) da Baixada Santista, Olivia Pompeu, envie informações sobre a fiscalização de caça esgoto no Bairro do Tombo, para impedir ligações clandestinas na rede de esgoto.

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A iniciativa aconteceu após duas denúncias enviadas ao MP-SP, cujos procedimentos já estavam em andamento na Promotoria, e foi reforçada com duas reportagens do Diário do Litoral. A última revelou que a Bandeira Azul encontra-se descerrada até que as denúncias de suposto descarte irregular de resíduos sejam devidamente averiguadas.

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Chamma Júnior quer um relatório das irregularidades já sanadas, diante das medidas já realizadas pela fiscalização e, em caso negativo, que a Prefeitura e a Sabesp informem as providências que serão tomadas para efetivar o Programa Caça Esgoto no local.

Conforme publicado, as denúncias foram enviadas por moradores e frequentadores do Tombo, reforçadas pela Associação Guarujá Viva (AguaViva). A Praia do Tombo recebeu este ano, pela 15ª vez, o selo internacional Bandeira Azul.

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A situação envolve parte de uma faixa de areia em que corre uma água escura e fétida e que os ambientalistas chamam de 'língua negra', nas imediações do Forte dos Andradas, no local conhecido como ponta de Monduba, ao sul da ilha de Santo Amaro.

Prefeitura e Sabesp

Sobre a iniciativa do MP-SP, a Sabesp informa que realiza periodicamente a verificação das redes coletoras de esgoto e uma das formas é o teste de fumaça (método utilizado para diagnóstico operacional das redes e ligação de esgoto). Este trabalho está programado para ocorrer na segunda-feira (9), na praia do Tombo.

O objetivo é identificar infiltrações e ligações irregulares, em especial, as ligações incorretas de águas pluviais na rede de esgoto. Com isso, a Companhia consegue adotar os procedimentos adequados para correção.

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Basicamente, o teste consiste em injetar fumaça na rede de esgoto e verificar o caminho que ela percorre e por onde ela sai - simulando a passagem do esgoto. A fumaça utilizada não é tóxica, não tem cheiro e se dispersa em poucos segundos no ar.

Os técnicos farão vistorias em garagens, quintais e ao longo da rua, à procura de sinais de fumaça. Caso seja notada a presença desta fumaça em alguma residência ou comércio, a Sabesp orienta que seja avisado a um dos técnicos.

Havendo a necessidade, poderá ser aplicado também o teste com corante, um material igualmente inofensivo à saúde e da mesma forma serve para confirmar para onde os esgotos estão sendo direcionados.

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A Sabesp ressalta que os testes são totalmente gratuitos.

O uso correto da rede coletora de esgoto é simples: água de chuva não pode ser destinada à rede coletora e sim para o sistema de drenagem urbana; outro ponto importante é que lixo deve ser jogado no lixo e não no esgoto.

A ligação indevida de água de chuva à rede de esgoto pode sobrecarregar o sistema, causar extravasamentos em vias e retorno de esgoto a imóveis. A tubulação de esgoto é construída para receber somente resíduos do vaso sanitário, chuveiro, pias e tanque. Já as galerias de águas pluviais, de responsabilidade das prefeituras, recebem a chuva e a água que escoam por telhados e calhas.

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A Prefeitura de Guarujá informou que trabalha na prestação dos devidos esclarecimentos ao MP/SP, além de intensificar as ações de fiscalização e manutenção na Praia do Tombo.

A força-tarefa envolve a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Segurança Climática (Semam) e visa elucidar todos os apontamentos recebidos por meio de relatórios técnicos, para a análise minuciosa dos órgãos competentes.

O Município esclarece, ainda, que não houve suspensão do selo ambiental. No momento, a 15ª Bandeira Azul consecutiva, que mantém a orla recordista na América do Sul, está descerrada preventivamente.

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Isso porque, mesmo sendo monitorada diariamente pela Semam e recebendo serviços para o cumprimento dos 34 rigorosos requisitos do júri nacional que concede a certificação, a medida ocorre sempre que há qualquer intercorrência.

Um exemplo é o de quando os banheiros precisam ser fechados para manutenção, e isto não implica em suspensão ou perda do título. A situação deve ser normalizada assim que o processo de averiguação for finalizado.

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