‘Abandono de área de risco’. É a denominação do exercício simulado que envolverá no sábado (01), às 9h, moradores do Morro do Marapé.
Programada pelas coordenadorias regional e municipal de Defesa Civil, a ação dá início ao PPDC (Plano Preventivo da Defesa Civil) 2012/2013, específico para escorregamentos em encostas, com vigência até 30 de abril.
O exercício será com famílias que vivem em áreas mapeadas no atual PMRR (Plano Municipal de Redução de Riscos). Nestes dias que antecedem a ação, a equipe da Defesa Civil faz contato com os moradores para convidá-los a participar da simulação. O objetivo é treiná-los para situações que exijam remoção preventiva.
Conforme o coordenador do órgão em Santos, Daniel Onias, este tipo de atividade tem sido estimulado pela Defesa Civil Nacional em 286 municípios com histórico de desastres naturais. “Santos é uma dessas cidades e aqui o simulado será diferente. Vamos focar situação de risco na ação preventiva”.
Após a remoção simulada, as famílias serão encaminhadas à escola de samba da União Imperial (rua São Judas Tadeu, 20/26), no Marapé, onde serão orientados como proceder nas emergências, com participação dos técnicos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), IG (Instituto Geológico), Defesa Civil nos âmbitos municipal, estadual e nacional, além do Corpo de Bombeiros. A atividade também contará com 30 técnicos do órgão e 120 funcionários de outras secretarias.
Para acompanhar o simulado, são convidados representantes de sociedades de melhoramentos e associações de bairros dos morros, população, imprensa, autoridades e membros dos Nudecs (Núcleos de Defesa Civil), que deverão chegar 15 minutos antes do horário previsto para início da ação na confluência das ruas Nove de Julho e Romeu Aceture, no Marapé.
Prioridade
Pelo histórico de aumento de chuvas entre dezembro e abril, os 17 morros da cidade passam a ter cuidado redobrado pela Defesa Civil. O PPDC tem ações coordenadas pela DC, ligada à Seseg (Secretaria Municipal de Segurança), que envolvem cerca de 200 funcionários da prefeitura em regime de 24 horas de plantão. Isso além da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), FSS (Fundo Social de Solidariedade), Prodesan, polícias Militar e Ambiental, Ministério Público, Sabesp, CPFL e Telefônica.
A Defesa Civil trabalha com quatro níveis de operação: ‘observação’ (acompanhamento intensivo do nível de chuva e vistorias nos morros), ‘atenção’ (acumulado de 72h com 100 mm); ‘alerta’ (sinais de escorregamentos, frente fria de longa duração e acumulado superior a 100 mm, com remoção preventiva) e ‘alerta máximo’ (registro de escorregamentos generalizados, com necessidade de remoções).
Diferencial
Com o novo Plano Municipal de Redução de Riscos, atualizado entre dezembro de 2011 e março de 2012, pelo IPT e prefeitura, o trabalho das equipes será facilitado com o diagnóstico e apontamento de medidas de segurança, intervenções e recursos necessários para redução das situações de risco nas áreas mapeadas. Atualmente, são 22, fotografadas e vistoriadas.
Continua depois da publicidade