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Mesmo um mês após o aumento oficial de 4% e 6%, respectivamente na gasolina e no diesel, anunciados pelo Governo Federal em 30 de setembro, comerciantes da Baixada Santista e Vale do Ribeira têm pago mais pelos combustíveis entregues pelas distribuidoras nas duas últimas semanas. A denúncia foi feita pelo próprio sindicato dos donos de postos de combustíveis (Sindicombustíveis Resan).
Um dos motivos, para os sucessivos aumentos, apontado pelo sindicato é o novo preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF) instituído pelo Ato Cotepe 21/2015, do Ministério da Fazenda, utilizado para o cálculo do ICMS.
Segundo o sindicato, o preço de pauta da gasolina ficou 5,9% mais caro. Já o do diesel subiu 4%. Além disso, o litro do biodiesel (B100) adquirido no leilão de 1º de novembro foi 13,5% mais caro do que o mesmo produto negociado em 16 de outubro.
Etanol
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Na última semana de outubro, a gasolina também teve o preço impactado pela alta do etanol anidro. Segundo o Centro de Estudos de Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), o litro do etanol que é misturado à gasolina (25%) sofreu reajuste de 13,5% entre os dias 2 e 30 de outubro.
O etanol hidratado (combustível) também tem sido majorado pelas usinas. Segundo a Esalq, o litro está 9,5% mais caro no mesmo período.
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Proprietários de postos garantem segurar preço
O presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda, já havia manifestado sua insatisfação no mês passado com problemas semelhantes registrados em Belo Horizonte, Teresina e Florianópolis. “O aumento praticado no atacado foi, muitas vezes, superior ao aumento praticado na refinaria”, assinalou Miranda.
No Rio de Janeiro, segundo o presidente do Sindicato dos Revendedores do Estado do Rio de Janeiro, Ricardo Lisbôa Vianna, “os preços vêm disparando além do razoável ao longo da cadeia de produção, comercialização e arrecadação de impostos dos combustíveis. Isto prejudica a população em geral e também o dono do posto, que não tem como absorver os aumentos sem repassá-los ao consumidor”.
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A situação não é diferente na Baixada Santista e Vale do Ribeira. O presidente do Sindicombustíveis Resan, José Camargo Hernandes, reafirma a importância de informar o consumidor sobre a origem dos aumentos, uma vez que apenas o varejista tem contato direto com o consumidor. “Parece que é o dono do posto que está praticando os preços mais altos, quando muitas vezes estamos absorvendo os repasses até para evitar mexer no preço de bomba a cada novo carregamento entregue no posto”.