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O Porto de Santos foi inaugurado oficialmente no dia 2 de fevereiro de 1892. Celebra 123 anos de atividade mercante hoje. Mais de um século depois, o maior porto da América Latina em extensão, embora seja pujante, ainda busca seu espaço entre os portos do mundo como um hub port, ou seja, um porto concentrador e distribuidor de carga. Para alcançar esse status, embora seja predestinado a isso, o Cais Santista necessita, entre outras coisas, aprofundar o seu canal de navegação para receber navios de calados maiores.
O Porto de Santos é recordista em movimentação de contêineres e por ele passa aproximadamente um terço da balança comercial do País. Mas, apesar da queda nas exportações em 2014, a Autoridade Portuária — Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) — aposta no crescimento das exportações neste ano.
Para a Codesp, o cenário de 2015 mostra-se desafiador para o comércio exterior brasileiro e o Porto refletirá essa condição. Assim, a empresa trabalha com três cenários. Um otimista, que projeta 117,2 milhões de toneladas, outro realista, com 114 milhões t e o pessimista, com 108,5 milhões t. Considerando as tendências de mercado e as variações cambiais, a Codesp fez uma projeção média de 112,0 milhões t, com tendência de alta, dentro dessas três perspectivas.
Com isso, a companhia acredita que o complexo portuário santista conseguirá retomar o crescimento verificado em anos anteriores, principalmente, por conta do aumento de 2,9% estimado para os embarques (78,1 milhões t), em relação às projeções para 2014. Para as descargas (34,2 milhões t), é projetada queda de 1,0%. O total estimado para 2015 deverá ficar 1,7% acima do projetado para este ano.
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Para os sólidos a granel, é estimado um total de 52,6 milhões t (+1,2%), enquanto o movimento dos líquidos a granel deve permanecer no mesmo patamar deste ano (14,9 milhões t). Já a carga geral deve somar 44,8 milhões t (+2,8%). A composição de movimentação física por tipo de carga deve situar-se em 46,8% para sólidos a granel, 39,9% para carga geral e 13,3% para líquidos a granel.
Safra de grãos
A expectativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2014/2015 é de novo recorde na produção de grãos, que deverá atingir cerca de 201,6 milhões de t (+ 4,2% ante a safra 2013/2014), com destaque para a soja, com crescimento estimado em 11,2% (95,8 milhões t). A expectativa para o milho é de queda prevista de 1,5% (78,7 milhões t).
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Caputo destaca recordes de movimentação em 2014
A movimentação de cargas pelo Porto de Santos em 2014 superou importantes marcas históricas, com especial destaque para os recordes na movimentação de contêineres, que deverá atingir um crescimento em torno de 8%, e do complexo soja que tem previsão de aumento próximo a 2,6%.
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O diretor presidente da Codesp, Angelino Caputo, destaca três recordes mensais atingidos em 2014: em fevereiro (7,7 milhões t), março (10,4 milhões t) e junho (9,8 milhões t).
Os embarques do complexo soja, até novembro, acumulavam 16,2 milhões t, patamar 2,8% superior ao recorde obtido no mesmo período de 2013.
Caputo ressalta que os terminais de contêineres do Porto de Santos apresentaram desempenho superior ao dos principais portos do mundo como Roterdã, na Holanda, e Hamburgo, na Alemanha, ao atingirem a média por hora de 104 movimentos. O Tecon Santos chegou a bater, no início de setembro, o recorde histórico da América do Sul, com uma performance de 1.694 contêineres em 8,74 horas de operação, alcançando a média de 193,92 movimentos/hora.
Santos registrou, também, em agosto, seu novo recorde histórico mensal, com 220.702 unidades. Até novembro, a movimentação de contêineres somava 3,3 milhões teu (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), crescimentos de 6,6% se comparado ao mesmo período de 2013.
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O presidente explica que a performance foi atingida em função da disponibilização de novas infraestruturas portuárias (terminais da Embraport e Brasil Terminal Portuário – BTP), dos investimentos efetuados pelos demais terminais que operam essa modalidade de carga e dos esforços da Autoridade Portuária, em conjunto com a Secretaria de Portos (SEP), para manter as profundidades de berços, acesso aos berços e do canal de navegação, que recebeu navios da classe “Cap San”, com capacidade para até 9,6 mil teu, os maiores porta-contêineres a operar em Santos.
Caputo destaca, também, o fortalecimento da navegação de cabotagem ao longo de 2014 que, até novembro totalizou 13,0 milhões t, crescendo 21,3% se comparado como o mesmo período de 2013. A participação da cabotagem no total de cargas transportadas cresceu de 10,2% para 12,8%. “Essa performance mostra a tendência do Porto de Santos tornar-se um porto concentrador de cargas”, afirma Caputo.
Já a performance da carga geral conteinerizada, não foi suficiente para compensar a queda na movimentação das principais commodities agrícolas, como açúcar (-9,2%), milho (-22,0%) e soja em grãos (-5,0%), que são os principais itens da pauta de mercadorias que passam pelo porto. Caputo explica que “elas foram afetadas por uma combinação de fatores decorrentes de aspectos climáticos e da conjuntura econômica internacional, que impediu que o porto superasse, neste ano, o recorde anual histórico obtido em 2013”.
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