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A população brasileira cresceu 0,9%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neste ano, o Brasil tem 201,03 milhões, ou seja, 1,79 milhão a mais do que no ano passado (199,24 milhões).
O crescimento é menor do que o observado entre 2011 e 2012, que havia sido 0,93%. Segundo o pesquisador do IBGE Gabriel Borges, a tendência é que o ritmo de crescimento da população caia até 2042, ano em que a população brasileira para de crescer. “A população vai crescendo, cada vez menos, até 2042, quando começa a diminuir”, disse ele.
Em 2042, a população brasileira atingirá seu tamanho máximo, de 228,4 milhões. A redução do ritmo de crescimento nos próximos 30 anos e a queda da população a partir daí são reflexos principalmente da queda de taxa de fecundidade. Se hoje a média de filhos por mulher é 1,77, em 2030 será 1,5.
A queda da taxa de fecundidade, aliada ao aumento da expectativa de vida da população provoca o envelhecimento da população. Segundo a presidenta do IBGE, Wasmália Bivar, a mudança do perfil da população brasileira de uma nação jovem para um país de idosos é um desafio para o governo e a sociedade.
“Temos que pensar como vamos tratar a questão previdenciária e a questão assistencial. Mas há também a questão do dia a dia, de como se cuida desses idosos, de como as famílias vão se estruturar para cuidar desses idosos”, disse Wasmália.
Para ela, a queda da população brasileira a partir de 2042 também levanta a questão de como manter a ocupação de um território tão grande, com um número cada vez menor de habitantes.
O estudo Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 2000/2060 e Projeção da População das Unidades da Federação por Sexo e Idade para o período 2000/2030 também mostra que a taxa de mortalidade infantil cairá de 17,2 por mil nascidos vivos para 11,6 em 2020 e 9 em 2030. Em 2060, a taxa chegará a 7,1 por mil.
Segundo o levantamento, São Paulo é o estado brasileiro mais populoso (com 43,66 milhões de habitantes) e Roraima o estado com menor população (com 488 mil habitantes).
As disparidades entre os estados não se mostram apenas no contingente populacional. As expectativas de vida ao nascer em Santa Catarina, por exemplo, serão 80,2 em 2020 e 82,3 em 2030. Por outro lado, no Piauí serão 71,8 em 2020 e 73,4 em 2030.
A taxa de fecundidade também mostra diferenças. Enquanto a mulher do Acre terá uma média de 2,15 filhos em 2020, a taxa do Distrito Federal, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul será 1,5 filho por mulher.
O levantamento também mostra que os fluxos migratórios internos no país seguirão, até 2030, a mesma tendência dos últimos anos. A diferença é que o ritmo será reduzido. A Bahia, por exemplo, continuará sendo o estado que mais perde população para outras unidades da Federação, mas o saldo migratório negativo cairá de 52,3 mil em 2010 para 39,3 mil em 2030. Santa Catarina continuará sendo um dos principais pólos de atração de migrantes, apesar de o ritmo cair de 38,8 mil em 2010 para 34,3 mil em 2030.
Segundo o IBGE, esta é a primeira projeção populacional calculada a partir do Censo Demográfico de 2010. Até o ano passado, o instituto utilizava estimativas matemáticas. Por isso, houve revisão da população de 2000 a 2012. A população de 2012, por exemplo, foi corrigida de 193,9 milhões para 199,2 milhões.
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