Cotidiano

Polônia é condenada por deixar CIA torturar suspeitos

A Polônia foi condenada a pagar 130 mil euros ao palestino Zubaydah e 100 mil euros a al-Nashiri, originário da Arábia Saudita e acusado de orquestrar um ataque a uma base militar dos EUA

Publicado em 24/07/2014 às 13:55

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

A corte máxima dos direitos humanos na Europa condenou a Polônia por permitir, entre 2002 e 2003, que a CIA prendesse e torturasse, em território polonês, dois suspeitos de terrorismo.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

A decisão da Corte Europeia de Direitos Humanos marca a primeira vez que um tribunal decide contra o "programa de rendição" que o ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush lançou após os atentados terroristas de setembro de 2001.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Avião da Air Algerie caiu no Mali, afirma autoridade argelina

• Sobe para 15 os mortos em ataque de Israel a ONU em Gaza

• Mais corpos de vítimas de avião vão para Holanda

O tribunal, baseado na cidade francesa de Estrasburgo, disse que a Polônia violou os direitos humanos ao não impedir "tortura e tratamento desumano e degradante" dos suspeitos Abd al-Rahim al-Nashiri e Abu Zubaydah. Ambos foram transferidos e estão presos até hoje na base americana de Guantánamo, em Cuba.

A Polônia foi condenada a pagar 130 mil euros ao palestino Zubaydah e 100 mil euros a al-Nashiri, originário da Arábia Saudita e acusado de orquestrar um ataque a uma base militar dos EUA que matou 17 marinheiros no ano 2000.

Continua depois da publicidade

Em comunicado, a corte explicou que os interrogatórios foram conduzidos em Stare Kiekuty, uma vila no norte da Polônia, sob responsabilidade da agência de inteligência americana e que é improvável que oficiais poloneses não soubessem da existência do local.

O ministro do Exterior da Polônia disse que não comentaria a decisão porque ela ainda deve passar por uma análise técnica do gabinete. O presidente Bronislaw Komorowski classificou o julgamento de "embaraçoso" para a Polônia e prejudicial à imagem e às contas do país

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software