22 de Setembro de 2024 • 12:23
Cotidiano
Mais de 100 manifestantes se reuniram neste sábado perto da sede da polícia. Pelo menos uma pessoa foi presa depois de um breve confronto, e muitos pareciam ser indiferentes à demissão do policial
O policial branco que atirou e matou o jovem negro Michael Brown na cidade de Ferguson, em Missouri (EUA), pediu demissão. Darren Wilson, que estava em licença administrativa desde o tiroteio de 9 de agosto, pediu demissão com efeito imediato, de acordo com seu advogado, Neil Bruntrager. Um advogado da família de Brown não retornou imediatamente os pedidos para comentar o caso.
Mais de 100 manifestantes se reuniram neste sábado perto da sede da polícia. Pelo menos uma pessoa foi presa depois de um breve confronto, e muitos pareciam ser indiferentes à demissão do policial. "Não estávamos atrás do emprego de Wilson", declarou, mais tarde, o ativista de direitos civis, Al Sharpton, por meio de nota. "Estávamos buscando justiça para Michael Brown".
Brown estava desarmado quando Wilson atirou e o matou no meio de uma rua de Ferguson, onde seu corpo foi deixado por várias horas enquanto a polícia investigava o caso. Algumas testemunhas disseram que Brown estavam com as mãos para o alto quando Wilson atirou. O policial disse para o júri que ele temia por sua vida quando Brown bateu nele e tentava pegar sua arma. O júri decidiu não indiciá-lo.
Wilson, que estava no Departamento de Polícia de Ferguson há menos de três anos, disse a um jornal local que decidiu pedir demissão após o departamento informar que tinha recebido ameaças de violência caso ele permanecesse na equipe. "Eu não estou disposto a deixar que alguém se machuque por minha causa", disse ele ao jornal.
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