Cotidiano

Policial que matou jovem negro nos EUA pede demissão

Mais de 100 manifestantes se reuniram neste sábado perto da sede da polícia. Pelo menos uma pessoa foi presa depois de um breve confronto, e muitos pareciam ser indiferentes à demissão do policial

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 30/11/2014 às 12:13

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O policial branco que atirou e matou o jovem negro Michael Brown na cidade de Ferguson, em Missouri (EUA), pediu demissão. Darren Wilson, que estava em licença administrativa desde o tiroteio de 9 de agosto, pediu demissão com efeito imediato, de acordo com seu advogado, Neil Bruntrager. Um advogado da família de Brown não retornou imediatamente os pedidos para comentar o caso.

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Mais de 100 manifestantes se reuniram neste sábado perto da sede da polícia. Pelo menos uma pessoa foi presa depois de um breve confronto, e muitos pareciam ser indiferentes à demissão do policial. "Não estávamos atrás do emprego de Wilson", declarou, mais tarde, o ativista de direitos civis, Al Sharpton, por meio de nota. "Estávamos buscando justiça para Michael Brown".

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Brown estava desarmado quando Wilson atirou e o matou no meio de uma rua de Ferguson, onde seu corpo foi deixado por várias horas enquanto a polícia investigava o caso. Algumas testemunhas disseram que Brown estavam com as mãos para o alto quando Wilson atirou. O policial disse para o júri que ele temia por sua vida quando Brown bateu nele e tentava pegar sua arma. O júri decidiu não indiciá-lo.

Wilson, que estava no Departamento de Polícia de Ferguson há menos de três anos, disse a um jornal local que decidiu pedir demissão após o departamento informar que tinha recebido ameaças de violência caso ele permanecesse na equipe. "Eu não estou disposto a deixar que alguém se machuque por minha causa", disse ele ao jornal.

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