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O policial Michael Brelo, de 31 anos, indiciado pela morte de dois negros desarmados após uma perseguição em Cleveland, norte dos Estados Unidos, em 2012, foi absolvido ontem (23) por um tribunal local.
Caso fosse considerado culpado, o policial poderia pegar até 22 anos de prisão.
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A decisão do juiz John O’Donnell pode reacender as tensões raciais entre as forças de segurança e a comunidade negra. Antes dar o veredito, o magistrado explicou que “não iria sacrificar” o policial caso os indícios não justificassem a sua culpabilidade.
Treze policiais dispararam 137 tiros contra o veículo de Timothy Russell, de 43 anos, e Malissa Williams, de 30 anos, que não obedeceram à ordem da polícia para parar o carro, o que resultou em uma perseguição de mais de 30 quilômetros.
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O juiz O’Donnell explicou que não há indícios suficientes que comprove que as 15 balas disparadas por Brelo, quando o carro já estava parado, tenham matado o casal. Segundo ele, dois disparos do policial podem ter sido fatais para Malissa Williams e Timothy Russell, mas as provas não eram suficientes.
“Não fizemos nada de ilegal, não fizemos nada de mal”, afirmou o advogado do policial, Pat D’Angelo, que comemorou o veredito e denunciou “ameaças” feitas pelos procuradores a seu cliente.
Em Baltimore, também nos Estados Unidos, seis polícias foram formalmente indiciados nessa sexta-feira (23) pela morte de um jovem negro, em abril. A vítima ficou gravemente ferida enquanto era transportada em um carro de polícia, o que provocou protestos no país.
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