Cotidiano

Policiais criticam plantão presencial na Central de Polícia Judiciária de Santos

Mesmo afirmando compreender a falta de pessoal, policiais civis dizem que a centralização de registros de flagrantes obriga os mesmos a permaneceram no local por conta do excesso de trabalho

Publicado em 16/11/2015 às 12:01

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

Policias civis de Santos resolveram denunciar a fragilidade em que se encontra a investigação por conta do plantão presencial, instituído há pouco tempo na Cidade, que obriga equipes inteiras a ficarem ‘paradas’ na Central de Polícia Judiciária (CPJ), no Centro.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.
Mesmo afirmando compreender a falta de pessoal, policiais civis dizem que a centralização de registros de flagrantes na CPJ obriga os mesmos a permaneceram no local por conta do excesso de trabalho. “Temos que atuar como auxiliares de escrivães e segurança dos presos. Essas atribuições não são dos investigadores. Temos que estar na rua, investigando crimes. Nosso rendimento chega a cair, em média, 40%. É impossível atender toda a demanda da Cidade parados em um local. A Polícia está investigando menos e a população não sabe disso”, garante um os policiais.

Eles salientam que as equipes estão desmotivadas porque têm que ficar até 12 horas fazendo serviços administrativos. “Recentemente, houve um roubo de um carro, um delito relativamente fácil de resolver caso as equipes saíssem em ronda pela área. No entanto, fomos impedidos de sair do CPJ. Investigar depois fica muito mais difícil”, lembra um policial, alertando que um terço dos plantões fica parado na Central.

Reclamação é a de que policiais ficam ‘parados’ na Central de Polícia Judiciária (CPJ), no Centro da Cidade, deixando outros setores descobertos (Foto: Matheus Tagé/DL)

Poupar delegados

Continua depois da publicidade

Segundo os policiais, a criação da CPJ não objetiva equacionar um problema operacional em função da falta de pessoal, mas sim ‘poupar os delegados’. Em vez de três delegados, um comanda o plantão. Eles contam que esses e outros problemas estão desgastando a imagem da Polícia Civil não só perante a opinião pública, mas também diante da classe. “Não está havendo renovação. A média de idade nas delegacias é 40 anos. O auge da criminalidade fica entre 18 e 25. O combate ao crime está desproporcional. É preciso contratar e mudar o sistema. As ocorrências ocorrem mais justamente nos distritos que fecham”, revelam.

Resposta

A Polícia Civil informa que, em julho, houve um reforço na equipe da Central de Polícia Judiciária nos períodos noturnos, feriados e fins de semana, contando com policiais da própria CPJ e de outras delegacias. Isso ocorreu porque a CPJ e o 1º DP estão alocados no mesmo prédio.

Continua depois da publicidade

Com a nova escala, a Polícia garante que houve otimização do atendimento à população. A mudança foi feita após reunião com os policiais que trabalham na CPJ — investigadores, escrivães e delegados — quando houve consenso quanto à melhoria no atendimento ao público. O atendimento no 3º e 7º distritos não sofreu alteração.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software