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Começou pouco antes das 19h o ato organizado pelo Comitê Popular da Copa em São Paulo contra os gastos para a realização do Mundial. Antes que o protesto, que é parte do Dia Internacional de Lutas contra a Copa, tivesse início de fato, a Polícia Militar de São Paulo anunciou ter detido 20 pessoas que estariam portando coquetéis-molotovs e martelos na Rua Augusta, no centro da capital. Segundo os policiais, os detidos fazem parte do movimento Black Bloc. O local para onde eles foram encaminhados não foi divulgado.
Os manifestantes ficaram concentrados por cerca de duas horas na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, região central da capital, e seguiram em passeata pela Rua da Consolação. Segundo representantes do movimento, o grupo seguirá em direção ao Estádio do Pacaembu. O local foi escolhido porque é o único estádio público da capital paulista. Segundo a Polícia Militar, cerca de 1,2 mil pessoas participam da passeata.
Integrante do Comitê Popular da Copa, Marina Mattar diz que a manifestação não é contra o evento esportivo. Segundo ela, o protesto busca dar visibilidade às violações de direitos que ocorreram durante a organização da Copa. “A questão não é se vai ter Copa. Já teve a Copa. Nosso objetivo é que a gente conquiste alguns direitos que a Copa ajudou a usurpar”, disse.
Antes do início da caminhada, os militantes projetaram, na lateral de um edifício na Avenida Paulista, os valores gastos na organização do evento e o nome de operários que morreram em obras de construção de estádios. Participam do protesto movimentos de luta por moradia, partidos políticos e movimentos estudantis, além de pessoas que compareceram espontaneamente ao local. Um total de 500 policiais acompanham o evento.
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