Cotidiano

Polícia lança bombas de gás lacrimogêneo em manifestantes na Paulista

Próximo à Rua Augusta, manifestantes reclamaram que alguns soldados da Tropa de Choque usavam máscaras que impediam o reconhecimento facial

Publicado em 23/06/2014 às 22:10

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Os manifestantes do ato Se Não Tiver Direitos, Não Vai Ter Copa – promovido na Avenida Paulista hoje (23) – percorreram sem problemas todo o trajeto da Praça do Ciclista à Praça Oswaldo Cruz, voltando até o vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Na dispersão, no entanto, por volta das 18h40, a Polícia Militar (PM) lançou bombas de gás lacrimogêneo em direção aos ativistas no quarteirão entre a Rua Augusta e a Rua Haddock Lobo.

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Próximo à Rua Augusta, manifestantes reclamaram que alguns soldados da Tropa de Choque usavam máscaras que impediam o reconhecimento facial. Dois manifestantes se desentenderam, formou-se um tumulto no local e, em seguida, a PM lançou bombas para dispersar as pessoas. Perguntada sobre o ocorrido, a PM ainda não se manifestou sobre o uso das máscaras e das bombas. Mais cedo, na concentração do protesto, os ativistas jogaram futebol na rua sob o olhar de centenas de policiais. Além dos gastos para a realização do Mundial, os manifestantes questionam a repressão policial e defendem o direito de livre manifestação e de greve.

A manifestação de hoje foi marcada pela presença ostensiva de policiais da Tropa de Choque e da Cavalaria, além de equipes em motocicletas, viaturas e a pé. Alguns policiais levavam armas nas mãos. Sobre os cavalos, soldados da PM estavam armados com sabres (espadas). De acordo com a PM, havia 200 pessoas, entre manifestantes e jornalistas. O número de policiais foi praticamente o mesmo que o de ativistas.

Dois manifestantes se desentenderam, formou-se um tumulto no local e, em seguida, a PM lançou bombas para dispersar as pessoas (Foto: Rodrigo Dionisio/Frame/Estadão Conteúdo)

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Mais cedo, por volta das 13h, em Porto Alegre, também houve uma manifestação. Foi organizado um ato em frente a prefeitura da cidade, com passeata até o Largo do Zumbi dos Palmares. “Tinha mais policiais do que manifestantes. A situação era a de controle”, disse Fernando Campos Costa, integrante do Comitê Popular da Copa e da Amigos da Terra Brasil. Ele acrescentou que amanhã (24), na capital gaúcha, haverá uma ação protesto, com o lançamento do filme A Copa Que o Mundo Perdeu em Porto Alegre. O filme retrata os impactos das obras da Copa em comunidades de Porto Alegre.

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