Crime deixou três mortos e cinco feridos no Vale do Paraíba / Divulgação/Camilla Shaw/MST
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A Polícia Civil prendeu, na tarde deste sábado (11/1), um dos suspeitos acusados de ser o mentor do ataque a um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) no interior de São Paulo.
O crime ocorreu no fim da noite de sexta-feira (10) no assentamento Olga Benário, em Tremembé, no Vale do Paraíba, deixando três mortos e cinco feridos.
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A investigação está sendo conduzida pela Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Taubaté. Segundo a Polícia Civil, a linha de investigação é de que a motivação teria sido um desentendimento sobre a negociação de um terreno dentro da área de assentamento.
O detido, que é apontado como mentor intelectual do crime, é conhecido como “Nero do Piseiro” e já tinha passagem por porte ilegal de arma de fogo. Ele foi reconhecido por testemunhas que viram os criminosos chegando ao local em carros e motos e momentos depois atiraram.
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Um outro homem foi abordado no local e autuado em flagrante por porte ilegal da arma. Ele teria ido socorrer às vítimas após o bando sair.
As vítimas do ataque são Valdir do Nascimento, o Valdirzão, Gleison Barbosa de Carvalho e Denis Barbosa de Carvalho.
No ano passado, a escritora Susana Bleil lançou em Santos o projeto “MST : A Construção do comum.”
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Na tarde de sábado, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) determinou que a Polícia Federal instaure inquérito para investigar o caso.
Manoel Carlos de Almeida Neto, ministro em exercício da pasta, argumentou no ofício que houve violação aos direitos humanos das famílias que fazem parte do assentamento.
O local é regularizado pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) há cerca de 20 anos para o MST. Cerca de 45 famílias vivem no assentamento
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Coordenador do MST, Gilmar Mauro disse ao jornal Folha de São Paulo que o presidente Lula (PT) telefonou a ele para prestar solidariedade às vítimas do atentado.