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A Polícia Civil já sabe que a fagulha de um sinalizador usado no palco pela banda Gurizada Fandangueira para a parte pirotécnica do show entrou no sistema de exaustão da casa noturna e provocou a tragédia. O que falta esclarecer é qual a fatia de culpa que conjunto musical, promotores da festa, responsáveis pela boate e autoridades tiveram na tragédia.
O delegado Sandro Meinerz diz que houve negligência e é provável que haja indiciamentos por crimes de incêndio e homicídio. “Doloso (com intenção de matar) não foi, mas culposo (sem intenção) certamente”, afirma. Segundo ele, a polícia já tomou os primeiros depoimentos de testemunhas e identificou os três donos da boate - um deles prestou depoimento ontem (27).
Além da fagulha inicial, contribuíram para a tragédia a falta de uma segunda saída e a possível retenção, por seguranças, de clientes que tentavam deixar o local - eles exigiram as comandas de consumo quitadas, segundo relatos de jovens que conseguiram escapar. “Se isso ocorreu mesmo, é muito grave.”
A polícia também vai apurar a informação de que a casa funcionava com alvará já vencido, mas tinha encaminhado a emissão de um novo. “É prematuro dizer algo, mas talvez a casa estivesse operando com lotação acima da capacidade permitida. Teremos de saber se foi concedido alvará, por que não havia sido renovado, se houve vistoria e pedido de reparos e, em caso positivo, se os reparos foram feitos.” A polícia também quer saber se os proprietários declarados da casa noturna eram os mesmos que a operavam. E vai apurar se havia autorização para o show pirotécnico dada pelos bombeiros.
A namorada de um dos proprietários, Kiko Spohr, publicou mensagem no Facebook dizendo que ele “está bem”. Apresentando-se como Naty, ela disse ter postado o texto “em consideração aos recados” que recebeu. “Muito obrigada pelo apoio de todos vocês, de coração.” A página também recebeu várias manifestações de repúdio à tragédia.
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