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O policial militar Fernando Neves da Cunha, de 29 anos, morreu no domingo, 1, a tiros depois de perseguir três jovens que estavam em um Corolla preto roubado. Eles bateram o carro em meio a um baile funk, que ocorria em frente a um conjunto habitacional na zona leste. O crime ocorreu às 6 horas, mas o PM só deve ser enterrado nesta quinta-feira, 2. Segundo a polícia, ninguém havia sido preso até o final da noite de ontem.
Conforme relato do major Paulo Henrique Oliveira Ferrato, subcomandante do 28° Batalhão, onde Cunha trabalhava, no fim da madrugada de ontem policiais identificaram o Corolla preto roubado e passaram a persegui-lo. Os suspeitos seguiram para a Avenida Guilherme de Abreu Sodré, onde era realizado um baile funk.
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Na altura da Rua Rio Santa Maria, em frente ao Conjunto Habitacional Prestes Maia, os fugitivos bateram em um Palio, também roubado, e desceram do carro para fugir dos policiais que os perseguiam. "Os PMs desceram da viatura para observar para onde eles iriam e depois fazer a abordagem", relata o major.
Nesse momento, segundo o oficial, foram efetuados disparos contra os PMs, que partiram da direção de onde ocorria o pancadão. Cunha, que estava com colete à prova de balas, foi atingido embaixo do braço. Ele foi levado ao Hospital Santa Marcelina, mas não sobreviveu. O reforço policial chegou em seguida. A PM revistou jovens que estavam no local.
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Festas semanais
Na tarde de ontem, o clima no local estava carregado. Perto das 16 horas, a perícia já havia concluído seus trabalhos. Caixas de uísque, vodka e latas vazias de energético ainda se avolumavam no meio da rua. A reportagem viu pelo menos cinco viaturas da Força Tática passarem lentamente pela rua, observando o movimento de jovens no local. Um carro estacionado ao lado do local onde o crime ocorreu tinha marcas de balas.
Moradores que pediram para não ser identificados, por medo de represálias, disseram que os pancadões ocorrem semanalmente na região, um bairro predominantemente residencial.
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Dois entrevistados pela reportagem deram versões diferentes à da polícia, afirmando que a viatura já chegou ao local do crime efetuando disparos contra os passageiros do carro em fuga. Na versão desses moradores, esse teria sido o motivo para que os policiais também fossem recebidos a tiros. A PM nega que os policiais tenham disparado.
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