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A Plataforma de Merluza, da Petrobrás, na Bacia de Santos, que já produziu 6 bilhões e 200 mil m³ de gás, em 14 anos de atividade tem expectativa de mais seis anos de exploração do reservatório de gás natural. A informação foi dada, ontem, na plataforma, durante visita de equipes de jornais da Região.
Segundo o diretor de operação de Merluza, Waldomiro Passos, todo reservatório tem um limite, mas não quer dizer que o recurso se esgote em seis anos. “Merluza pode ser interligada com outros campos”.
A plataforma também receberá uma parcela dos investimentos já anunciados pela Petrobrás, de R$ 18 milhões para a Bacia de Santos, cujo projeto prevê ainda a construção da plataforma de Mexilhão e de Merluza 2.
Waldomiro disse que a plataforma tem capacidade de produção de 2.265 milhões m³ de gás/dia e 760 m³ de condensado/dia, mas produz em torno de 45% dessa capacidade.
Considerada uma das menores, do País — 26 metros de altura por 72 metros de comprimento — Merluza fica a 200 km da costa, no litoral sul de São Paulo. O custo operacional mensal da plataforma é de aproximadamente US$ 1,5 milhão.
Além de produzir dois tipos de gás, Merluza ainda fornece abastecimento de querosene de aviação (QAV) para embarcações. A receita anual de Merluza é de cerca de US$ 80 milhões, recolhendo de royalties, US$ 6 milhões/ano.
O gerente setorial de plataforma (GEPLAT), Marcos Cezar Dolato, explica que a plataforma se divide em dois módulos. Um, chamado Prodution Deck Module (PMD), onde se localizam os equipamentos de sucção e produção de gás e os geradores que abastecem a plataforma de energia. Segundo ele, tudo é reaproveitado, na plataforma, inclusive a água do mar que é dessalinizada para consumo em geral, exceto para ser bebida ou utilizada na alimentação.
Já o outro módulo abriga os escritórios, o refeitório e os camarotes. Trababalham na plataforma cerca de 51 pessoas: 21 funcionários concursados da Petrobrás e 30 contratados. Deste total, sete são mulheres. Por semana ficam embarcados cerca de 23 pessoas. Cada turma permanece a bordo por 14 dias. Os funcionários da estatal folgam 21 dias, já os terceirizados, 14.
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