Pizzolato possui imóveis de luxo na Espanha

Antes de ser preso na Itália por conta da condenação no mensalão, o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato comprou imóveis de alto padrão na cidade de Benalmádena, no sul da Espanha.

Segundo reportagem publicada neste sábado, 22, pela Folha de S. Paulo, a polícia espanhola descobriu durante suas investigações para localizar Pizzolato que ele comprou três imóveis na cidade. O ex-diretor do Banco do Brasil, condenado pelo Supremo Tribunal Federal, passou mais de três meses foragido na Europa depois que sua prisão foi decretada.

Dois imóveis, de acordo com a polícia, foram comprados num condomínio a beira-mar, com piscina e entrada de visitantes controlada por sistema de câmeras e vigias 24 horas por dia. Os preços dos apartamentos no condomínio onde Pizzolato comprou os imóveis variam entre R$ 1,5 milhão - se forem do tamanho padrão - e R$ 1,9 milhão - se forem na cobertura.

Além desses dois apartamentos, Pizzolato e a mulher, Andrea Eunice Haas, são proprietários de um terceiro imóvel. O endereço constava como moradia do casal em cadastro espanhol, pelo qual eles eram cidadãos estrangeiros residentes em Benalmádena desde 2010.

O apartamento está localizado em condomínio de classe média, sem portões, nem câmeras de segurança como onde Pizzolato tem os outros dois imóveis. Uma das moradoras do condomínio disse que no apartamento vive um casal de sul-americanos que há meses não aparecia por lá.

A polícia espanhola afirmou que novos rastreamentos de bens do ex-diretor do Banco do Brasil dependem agora de um pedido formal das autoridades brasileiras. Fora os apartamentos, Pizzolato e a mulher também operaram ao menos três contas bancárias na Espanha

Rastreamento

Pizzolato só foi localizado na Itália em razão do rastreamento de bens obtidos por ele e pela mulher na Europa. A polícia identificou a compra de um Fiat Punto feito em nome de Andrea e que era usado pelo casal para se deslocar pela Europa. No dia 3 de fevereiro, as autoridades italianas estiveram na casa do sobrinho de Pizzolato em Maranello e encontraram o carro na garagem.

O ex-diretor do Banco do Brasil vivia escondido na casa de um sobrinho que trabalhava na Ferrari. Quando foi levado pela polícia, ele estava com a mulher e levava consigo 15 mil euros em dinheiro e mais US$ 2 mil. Pizzolato também portava passaporte falso, que pertencia ao irmão e permitiu que ele entrasse na Europa. O ex-diretor foi condenado pelo STF a 12 anos e sete meses de cadeia.