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Só neste ano, desde o início do mês de junho, mais de 100 pinguins da espécie Spheniscus Magellanicus, conhecido popularmente como Pinguim de Magalhães, foram encontrados na região costeira do litoral sul, entre Peruíbe e Bertioga. O triplo em comparação ao ano passado. Os animais chegaram famintos, debilitados e muitos foram encontrados já mortos. Entretanto, para 25 pinguins, o retorno para o seu habitat natural está mais próximo, apesar dos impactos do ser humano na natureza.
O Centro de Recepção e Triagem de Animais Marinhos (Cetas Marinho), mantido pela Prefeitura de Guarujá em parceria com o Instituto Gremar - Pesquisa, Educação e Gestão de Fauna- está cuidando dos 25 pinguins que sobreviveram e, que logo estarão de volta ao mar. A previsão é que no mês de setembro eles possam ser soltos na corrente das malvinas, próxima a Laje de Santos, a 32 milhas náuticas da Costa e voltem para a Patagônia, seu habitat natural. A data deve ser definida de acordo com as condições climáticas.
Segundo a bióloga do Gremar, Rosane Farah, os animais migram para o norte durante o inverno e muitos ficam muito magros, perdem sua camada de gordura (hipoderme), e assim não isolam a temperatura do mar, ocasionando hiportermia. “Eles deviam de pesar cerca de 3,5 quilos, mas chegaram aqui com 1,5 ou menos. Nesses casos é muito difícil a recuperação”, explica.
Atualmente, além dos 25 pinguins, também estão sendo cuidadas no Cetas Marinho, três tartarugas verdes, cinco atobás, uma gaivota e duas fragatas. A veterinária Cássia Cristina Vitorina Del Valle está acompanhando a recuperação desses animais. “A natação forçada fortalece os músculos para que possam voltar ao mar. Nesse estágio a alimentação é livre, ou seja, eles já comem por conta própria, o que já os prepara para a fase de soltura”, comemora a veterinária.
Cetas Marinho / Gremar - A unidade já se tornou referência no estado de São Paulo e no país. Localizado no Km 13,5 da Rodovia Guarujá/ Bertioga , o Cetas está totalmente equipado para atendimento de animais marinhos vítimas de acidentes, redes de pesca ou contaminados por produtos químicos. Conta com uma área para descontaminação de animais oleados; 20 recintos semi aquáticos e aquáticos e uma casa flutuante, que serve como suporte para o pessoal técnico e base da Guarda Ambiental do Município.
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