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O piloto Marcos Martins, de 42 anos, comandante do Cessna 560 XL que caiu na última quarta-feira, 13, em Santos, foi sepultado neste domingo, 17, em Maringá. Martins tinha mais de 20 anos de experiência como piloto e teve o corpo transportado de São Paulo para Maringá, no início da noite de sábado, 16, por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Ele era casado com a bioquímica Flávia Tatiana Vargas Martins e tinha dois filhos, de 7 e 2 anos, que acompanharam o enterro.
O irmão do comandante, o também piloto Márcio Martins, disse que a falha no equipamento que faz a gravação de voz na cabine do avião, o Cockptit Voice Recorder (CVR), vai dificultar as investigações sobre a queda.
"É estranho (a falha). Enquanto não tivermos acesso a esses dados, nunca saberemos o que aconteceu. Não dá para dizer nada", declarou.
Márcio Martins, assim como o irmão, tinha grande experiência de voo neste modelo, que era, segundo ele, uma aeronave extremamente moderna e apta a descer em diversos tipos de pistas.
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"Um dos requisitos do Eduardo Campos para voar naquela aeronave era ter um piloto experiente. O Marcos tinha mais de mil horas de voo no modelo. O Rodrigo, sobrinho de Eduardo, me disse todos confiavam muito nele e que tinha o avião na mão", afirmou.
Marcos Martins era natural de Cruzeiro do Oeste, no interior do Paraná, mas havia se mudado para São Paulo desde que começou a pilotar profissionalmente. Seus pais moram numa propriedade rural próxima a Maringá.
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Representantes do PSB no Paraná, partido do ex-governador Eduardo Campos, que também morreu no acidente, acompanharam o enterro. Entre as coroas de flores, havia uma do Governo do Estado de Pernambuco e outra do prefeito de Recife, Geraldo Julio de Mello.
"O PSB vai acompanhar as investigações para saber o que aconteceu. Estamos num momento de luto, mas queremos ver tudo esclarecido", disse o deputado estadual Wilson Quinteiro (PSB).