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O Ministério do Trabalho e Emprego acionou a Polícia Rodoviária Federal para tentar rastrear um ônibus que chegou no começo da tarde desta quinta-feira, 24, na sede da Pastoral do Migrante, no Glicério, centro de São Paulo, e levou 20 haitianos que estavam abrigados. Como os imigrantes não têm carteira de trabalho, o temor é que eles sejam submetidos a empregos em situação irregular ou equivalente a escravidão.
"Acionamos a PRF para tentar localizar esse ônibus e identificar quem seria o suposto empregador dessas pessoas", disse o superintendente do Ministério do Trabalho Luiz Antônio Medeiros, que visitou o centro ontem. O destino do ônibus, segundo os próprios haitianos, seria a Região Sul do País - disseram que o grupo iria tanto Paraná quanto Santa Catarina.
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Haitianos e representantes do governo do Acre disseram anteontem que um frigorífico de Santa Catarina realmente estava fazendo esforços para trazer os imigrantes até o Sul. Mas não souberam dizer o nome da empresa nem a cidade. O padre Paolo Parise, que atua na Pastoral, disse também que alguns dos imigrantes que chegaram do Acre já tinham passagens pagas ônibus com destino ao Sul. Mas não sabia se a documentação trabalhista deles estava correta.
Abrigos
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O padre Parise cobrou respostas da Prefeitura de São Paulo sobre o fornecimento de abrigos adequados para os haitianos. A paróquia, que tem 120 vagas, não tem onde colocar os haitianos. "É uma obrigação da Prefeitura fornecer abrigo. Mas um grupo que foi abrigado em um local para moradores de rua foi roubado e, agora, eles não quer mais voltar", afirma Parise.
O secretário municipal de Direitos Humanos, Rogério Sottili, afirmou que há um esforço envolvendo também as Secretarias de Assistência Social, Trabalho, Relações Internacionais e Saúde para acompanhar o caso.
"Há 120 imigrantes haitianos nos abrigos municipais", disse. "Estamos providenciando alimentação e visita diárias de dois agentes de saúde para acompanhar os imigrantes. Hoje mesmo (ontem), dois deles foram encaminhados a atendimento médico."
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