Continua depois da publicidade
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, admitiu nesta terça-feira que o governo falhou em não ter dado início antes a programas de gerenciamento da despoluição da Baía de Guanabara, local que vai receber as provas de vela dos Jogos Olímpicos do ano que vem. Ele também considerou "lamentável" ter deixado passar a oportunidade de entregar o local despoluído para as competições.
Na semana passada, o governo estadual iniciou um convênio com universidades do Rio e centros de estudo para monitorar as condições de Baía de Guanabara. "Pode ter sido uma falha (ter demorado para fazer a parceria), mas nunca é tarde. As faculdades se ofereceram, se uniram. É um grande legado formatar e botar em prática o da Baía de Guanabara", considerou.
O governador justificou ainda que a situação de poluição da Baía de Guanabara se agravou pela falta de recursos para o tratamento do esgoto despejado nas águas, trabalho de responsabilidade da Cedae (a Companhia Estadual de Águas e Esgotos) que, segundo ele, estava com problemas financeiros. "Lamentável (a poluição) sempre é. Mas a Cedae estava quebrada, dava prejuízo mensal de R$ 30 milhões, e tivemos que sanear suas contas", explicou.
Continua depois da publicidade
A um ano dos Jogos, o governador prometeu que a Cedae vai concluir as obras do cinturão de tratamento da Marina da Glória até dezembro, e que está em andamento a construção da unidade de tratamento de Irajá. A obra, que já sofreu vários adiamentos desde o seu início em 2012, deve ser terminada antes da Olimpíada.
"Diversos técnicos falam que o cinturão da Marinha da Glória e a UTR de Irajá impactam de 10% a 15% na despoluição da Baía de Guanabara", afirmou Pezão. Com isso, o nível de tratamento das águas chegaria até 65%, 15% a menos do que o prometido durante a eleição para sediar os Jogos Olímpicos, em 2009.
No próximo sábado, será dado início ao evento-teste da vela, na Baía de Guanabara. Para evitar que os atletas sejam prejudicados por lixo sólido flutuante, Pezão afirmou que 10 ecobarcos do governo já estão atuando e que outros 10 ecobarcos fornecidos por empresas parceiras vão reforçar o recolhimento durante as disputas de preparação, além do serviço de 11 ecobarreiras já instaladas.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade