Cotidiano

Petrobras termina 2014 com 5.200 funcionários a menos

O número do ano passado é o menor desde 2011, quando a companhia terminou o ano com 81.918 funcionários

Publicado em 26/04/2015 às 13:07

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A crise que atingiu a Petrobras no ano passado colocou fim a uma antiga trajetória de expansão no quadro de funcionários da estatal, que durou pelo menos durante a última década. Dados divulgados na semana passada pela companhia apontam que, no final de 2014, o corpo funcional da empresa era composto por 80.908 funcionários próprios, uma retração de 6% em relação aos 86.108 do final de 2013.

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O número do ano passado é o menor desde 2011, quando a companhia terminou o ano com 81.918 funcionários. No ano anterior, a marca ainda era de 80.492 empregados.

Documentos disponibilizados pela estatal desde 2004 mostram que, no decorrer da última década, o corpo funcional apenas cresceu. Entre 2003 e o ano seguinte, o aumento foi de 6,6% e o número de funcionários chegou a 52.037 pessoas. Esse número chegou a 53.933 em 2005, 62.266 pessoas em 2006, 68.931 pessoas em 2007, 74.240 em 2008 e 76.919 em 2009. No início desta década, a trajetória continuou inalterada. Os dados de 2010 (80.492 pessoas) e 2011 (81.918 funcionários) foram seguidos por um total de 85.065 pessoas em 2012.

Além dos funcionários próprios, a Petrobras ainda contabilizava ao final do ano passado um total de 291.074 empregados de empresas prestadoras de serviços. O número representa uma retração de 19,2% em relação aos 360.180 terceirizados contabilizados no final de 2013. Em 2004 eram apenas 146.826 empregados terceirizados.

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Petrobras termina 2014 com 5.200 funcionários a menos (Foto: Divulgação)

A queda mais expressiva de funcionários terceirizados deve ser explicada pela decisão da Petrobras de reduzir o ritmo de investimentos em 2014 e, ao mesmo tempo, muitas de suas parceiras enfrentarem problemas associados à evolução das investigações da Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato.

Empresas como o Grupo Galvão, que já demitiu mais de 9 mil pessoas, era responsável pelo andamento da fábrica de fertilizantes em Mato Grosso do Sul e do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), por exemplo. As duas obras foram incluídas pela Petrobras em uma lista de projetos sem data prevista para conclusão.

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Diante do andamento das investigações da PF na Lava Jato, e da suspeita de que diversos contratos assinados por ex-diretores da Petrobras continham irregularidades, a estatal reduziu o ritmo dos investimentos. Entre janeiro e dezembro, a companhia desembolsou R$ 87,140 bilhões, montante 16,5% inferior ao investido em 2013. O total também é quase 8% inferior ao investimento de R$ 94,6 bilhões inicialmente previsto pela estatal para 2014.

PIDV

Além da desaceleração dos investimentos, outro fator que explica a redução do corpo funcional da Petrobras no ano passado foi a implementação do Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV). Um total de 8.298 empregados, com 55 anos ou mais, aderiram ao plano. Entre abril e dezembro de 2014 foram realizados 4.936 desligamentos e 481 desistências de empregados que aderiram ao PIDV.

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