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A Petrobras registrou em setembro um novo recorde de produção consolidada, com a marca de 2,781 milhões de barris de petróleo e gás produzidos. Apesar da marca histórica, a companhia registrou no mês passado um ritmo menor de crescimento, o que levanta novas dúvidas sobre a capacidade da petroleira em expandir em 7,5% sua produção este ano.
Após um ciclo de quatro fortes altas mensais, o resultado de setembro indica uma desaceleração, com alta de apenas 0,8% no volume total de produção, de óleo e gás, em comparação com agosto. Desde maio, a estatal vinha apresentando crescimento entre 1,7% e 2,7% a cada mês na produção diária apenas de petróleo no Brasil.
A alta mais forte ocorreu em agosto, após entrada em operação de novos poços produtores. Os dados de setembro, divulgados nesta quarta-feira, 15, apresentam um incremento de apenas 0,6% e indicam que, para cumprir o prometido aos acionistas, a Petrobras não terá descanso.
A estatal precisa entregar mais 325 mil barris de petróleo por dia no quarto trimestre para atender ao seu Plano de Negócios e Gestão. Até setembro, a companhia registrou uma média de 1,995 milhão de barris de petróleo produzidos, volume 3,3% maior que no mesmo período do último ano. Entretanto, a meta projetada é de 2,056 milhões de barris produzidos diariamente.
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A avaliação de analistas de mercado é que a companhia está "no limite" para alcançar a meta. As ações da companhia caíram quase 7% no pregão de hoje na Bovespa, influenciadas pelo cenário externo desfavorável, com queda no preço do petróleo. Apesar de diminuir a defasagem da companhia, a mudança interfere sobre as projeções de lucro e endividamento da estatal.
Nesse cenário, o ritmo mais lento registrado na produção de setembro soou como um alerta para o mercado. A avaliação é que seria "razoável" a companhia alcançar crescimento de 6,5% da produção. "Acreditamos que somente a banda inferior da meta, que prevê variação de um ponto porcentual, é alcançável", afirmou um consultor de grande banco de investimento, que pediu anonimato.
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No comunicado, a estatal informa que a alta registrada reflete a entrada em operação de cinco novos poços produtores. No ano, já são 53 novos poços. A estatal também citou um "ramp up", termo para designar melhorias operacionais nas plataformas como a P-55 e P-62, em Roncador (Bacia de Campos), e do FPSO Cidade de Paraty, em Lula Nordeste (Bacia de Santos).
Em setembro, a produção no pré-sal manteve o desempenho de agosto, com 532 mil barris produzidos na média diária, com pico de 618 mil barris no dia 18. Na terça-feira, a estatal iniciou produção na unidade FPSO Cidade de Mangaratiba, recém alocada no campo de Iracema Sul, no pré-sal da Bacia de Santos. Com apenas um poço, a unidade adicionará 30 mil barris de óleo à produção diária.
O início da produção na unidade, que obteve somente na última semana as licenças do Ibama e da Agência Nacional de Petróleo (ANP), indica a corrida da estatal contra o tempo. Até o final do ano, a companhia também iniciará a produção da P-61, no campo de Papa Terra, em Santos. Inicialmente prevista para o segundo trimestre, a unidade foi adiada para novembro.
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