Cotidiano

Petrobras rescinde contrato de obra com a Galvão Engenharia

A unidade, que deveria ter sido entregue em setembro deste ano, foi projetada para ser uma das maiores plantas de fertilizantes do mundo

Publicado em 13/12/2014 às 11:55

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A Petrobras rescindiu o contrato de construção da fábrica de fertilizantes de R$ 3,9 bilhões que está construindo em Três Lagoas (MS), na divisa com São Paulo. A unidade, que deveria ter sido entregue em setembro deste ano, foi projetada para ser uma das maiores plantas de fertilizantes do mundo. No entanto, as obras estão paralisadas devido à insolvência do consórcio UFN3. O prazo previsto para junho de 2015 poderia ser adiado para 2016. A Petrobras informou, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que não comentaria a rescisão.

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O consórcio, responsável pela construção da unidade é formado pela Galvão Engenharia e Sinopec Petroleum do Brasil. A GDK deixou o consórcio em 2012, repassando seus 33% no empreendimento à Galvão, mas uma liminar da Justiça obriga a Petrobras a pagar a dívida da Galvão em 15 dias. Para lembrar: A Galvão é uma das empresas envolvidas no escândalo da Petrobras e executivos da construtora estão entre os indiciados por corrupção pelo Ministério Público Federal após as investigações da Operação Lava Jato.

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O consórcio, que deve R$ 400 milhões a fornecedores e prestadores de serviços, tem até 18 de dezembro para responder ao comunicado de rescisão feito na última segunda-feira, 8, pela Petrobras. A paralisação da obra, divulgada pelo Estado em 28 de novembro, foi admitida oficialmente pela estatal na última terça-feira, 9, em reunião de representantes do UFN3 e da estatal com a prefeita de Três Lagoas, Márcia Moura (PMDB).

Segundo a prefeita, o não-cumprimento de cláusulas contratuais e a paralisação das obras, sem o pagamento de 5,3 mil operários, foram os principais motivos alegados pela estatal para rescindir o contrato. Na quinta-feira passada, 2.776 operários aceitaram receber parte do acerto trabalhista, mas outros 2,5 mil trabalhadores não rejeitaram a proposta do consórcio, por isso, a Justiça bloqueou R$ 80 milhões em bens do UFN3 para garantir o pagamento dos trabalhadores. 

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