Bombeiros trabalham na tragédia de 2023 em São Sebastião / Rovena Rosa/Agência Brasil
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Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), através de uma tecnologia de sensoriamento remoto a laser, identificaram cerca de mil pontos de escorregamento de solo no município de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, e alertam para riscos de novos deslizamentos, principalmente em períodos de chuvas mais fortes, como no verão.
O dado faz parte de um estudo aprofundado realizado por pesquisadores dos Institutos de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) e de Geociências (IGc) da USP usando imagens aéreas feitas logo após o desastre ocorrido em 2013, quando 60 pessoas perderam a vida por causa dos deslizamentos de terra no município.
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“Em análise de suscetibilidade, aplica-se o conhecimento disponível nas áreas que escorregaram, juntamente com dados como relevo, geologia e outros, e depois extrapola-se para outras regiões. Atualmente temos modelos digitais de elevação com resolução espacial [tamanho do pixel] de 30 metros. Os dados nos permitem dar um passo além, com modelos de elevação de alta resolução [até 1 metro] e mais precisão”, conta ao Jornal da USP o professor do IAG e coordenador do projeto, Carlos Henrique Grohmann.
Além de observar e monitorar o comportamento das áreas de escorregamento em São Sebastião, o grupo de pesquisadores espera obter avaliar mudanças da superfície topográfica em um escorregamento no bairro de Toque-Toque Grande (que vem sendo monitorado desde 2010) e de pontos no Morro da Baleia e Sahy.
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Todo esse estudo foi publicado em 20 de setembro no Brazilian Journal of Geology.
*Com informações da Agência Fapesp, Jornal da Usp e Brazilian Journal of Geology
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