O processo envolve a salinização artificial, utilizando os mesmos sais encontrados no ambiente marinho / SEAGRI/Governo de SP
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O Instituto de Pesca (IP-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, está conduzindo uma pesquisa para viabilizar a criação de camarões em água salinizada em locais distantes do oceano.
O projeto é realizado em parceria com empresas privadas e com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag) e tem como objetivo oferecer uma alternativa sustentável e economicamente viável para os produtores aquícolas.
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A pesquisa está sendo realizada em uma estrutura que simula as condições reais de um cultivo, possibilitando a análise do potencial produtivo, econômico e ambiental.
A reportagem do Diário do Litoral separou uma lista de cinco festivais de camarão imperdíveis em São Paulo.
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Os estudos estão sendo conduzidos pelo IP em Jaguariúna, interior de São Paulo, em uma instalação projetada para a produção de camarões em larga escala.
Todo o processo de produção utiliza água captada da chuva, e não há descarte da água para o meio ambiente.
O processo envolve a salinização artificial, utilizando os mesmos sais encontrados no ambiente marinho: cloreto, sódio, cálcio, potássio, sulfato e magnésio.
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Essa abordagem permite que a produção ocorra em regiões distantes do litoral, desde que a qualidade da água seja controlada com precisão.
O grande diferencial do projeto está na quantidade de camarões criados por metro cúbico.
Em baixas densidades, o cultivo é tecnicamente viável, mas economicamente inviável devido à baixa produtividade.
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Para alcançar a viabilidade econômica, é necessário trabalhar com altas densidades.
O pesquisador, Fábio Sussel, responsável pelo projeto, utiliza até 300 camarões por metro cúbico. No entanto, quanto maior a densidade, maior o desafio do cultivo.
As vantagens incluem a possibilidade de produção em áreas do interior, a redução da pressão sobre os ecossistemas costeiros e a ampliação das oportunidades econômicas para pequenos e médios produtores aquícolas.
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Além disso, o cultivo em ambiente controlado permite um manejo mais eficiente da qualidade da água e da alimentação, contribuindo para um produto final mais saudável e sustentável.
Recentemente, um estudo da Unesp descobriu que 80% a 90% dos camarões sete-barbas pescados no litoral de SP estão contaminado por microplásticos.
O maior desafio está relacionado à convivência com alguns patógenos, especialmente por conta da alta densidade em que os camarões são criados. Sendo necessários estabelecer protocolos próprios, com vistas ao melhor equilíbrio do sistema.
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