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A China convocou o embaixador americano em Pequim para esclarecimentos após um navio de guerra dos Estados Unidos passar próximo a ilhas artificiais construídas pela China em território marítimo sob disputa internacional. Pequim, que disse ter alertado e seguido a embarcação, considerou o gesto uma "provocação deliberada" e uma "ameaça" a sua soberania.
"[O barco] entrou ilegalmente nas águas das ilhas chinesas Spratly", disse o Ministério das Relações Exteriores da China em um comunicado. "A ação tomada pelo navio de guerra ameaçou a soberania da China e interesses securitários, e pôs em perigo a segurança o pessoal nos recifes."
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A televisão estatal informou que o vice-chanceler chinês, Zhang Yesui, classificou a operação dos EUA como "extremamente irresponsável" ao encontrar o embaixador americano em Pequim, Max Baucus.
A operação americana desta terça-feira (27) faz parte de uma estratégia de pressionar Pequim contra sua crescente presença no mar do Sul da China, considerado uma das rotas marítimas mais estratégicas do mundo.
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As Filipinas, aliadas dos EUA, viram com bons olhos a operação, considerando-a uma forma de ajudar a manter o "equilíbrio de poder" na região.
Desde 2013, a China tem aumentado sua presença na região ao erguer estruturas sobre recifes de coral capazes de comportar navios e aviões militares.
Pequim reclama soberania sobre as ilhas Spratly, cerca de cem pequenas ilhas e recifes desabitados, e sobre as águas que as cercam. Vietnã, Malásia e Brunei também reivindicam a soberania sobre esse arquipélago. Vietnã, Malásia, Taiwan e Filipinas também construíram postos militares sobre ilhas e recifes na região.
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A reivindicação da China não é reconhecida pelos EUA nem pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, que estabelece acordos sobre o controle de águas territoriais e sobre direitos de navegação.
O porta-voz do Departamento de Estado americano, John Kirby, disse na segunda-feira (26) que os EUA não deveriam consultar outras nações se desejassem exercer seu direito de navegação em águas internacionais.
"O intuito da liberdade de navegação em águas internacionais é que se trata de águas internacionais. Você não precisa consultar ninguém", disse Kirby.
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