Durante a investigação, foram identificados sete tipos distintos de coronavírus (CoVs) / Asad Photo Maldives/Pexels
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Uma pesquisa recente, realizada em colaboração com a Universidade de Hong Kong, identificou pela primeira vez na América do Sul um novo coronavírus em um morcego capturado no Ceará. O vírus apresenta características semelhantes ao MERS-CoV, responsável pela Síndrome Respiratória do Oriente Médio.
Além disso, os pesquisadores também encontraram o coronavírus HKU5, similar ao recentemente descrito na China.
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O estudo foi liderado pelo professor Ricardo Durães, da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp), no Campus São Paulo, em parceria com a doutoranda Bruna Stefanie Silvério. A pesquisa foi publicada no periódico Journal of Medical Virology.
Durante a investigação, foram identificados sete tipos distintos de coronavírus (CoVs) em morcegos, incluindo um intimamente relacionado ao causador da MERS. Este novo coronavírus apresentou 82,8% de cobertura genômica em comparação ao MERS-CoV, indicando uma ligação evolutiva significativa.
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Foram utilizados ensaios moleculares, sequenciamento de RNA e análises evolutivas, técnicas avançadas que permitiram a caracterização detalhada dos vírus encontrados.
A análise da proteína spike revelou altas similaridades com variantes de CoVs relacionadas ao MERS já identificadas em humanos e camelos. Também foi detectada a presença de resíduos capazes de interagir com o receptor DPP4, o mesmo utilizado pelo MERS-CoV para infectar células humanas.
A descoberta reforça a importância da vigilância ativa sobre os coronavírus que circulam em animais silvestres, uma vez que a proteína spike é essencial para uma possível transmissão para humanos.
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Apesar disso, em entrevista ao Portal Unifesp, a pesquisadora Bruna Silvério destacou que ainda é cedo para afirmar se o vírus pode infectar humanos. Novos estudos serão conduzidos em Hong Kong ainda este ano para aprofundar a investigação.
Uma pesquisa do Instituto do Mar, da Unifesp em Santos, revelou que mais de 300 quilômetros da linha costeira do Litoral de SP estão ocupados por construções em áreas sob risco climático.
Na prática, isso significa que mais de 25% da linha costeira "mole" do Estado possui cidadãos e estrutura urbana suscetíveis a riscos climáticos.
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O Diário do Litoral comentou o assunto em uma matéria.