Valor dos peixes e frutos do mar se manteve comportado nos últimos 12 meses / Divulgação/Prefeitura de Santos
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O ano passado ficou marcado pela disparada nos preços da carne bovina, turbinada pelo recorde nas exportações e pelo aumento na renda das famílias com a queda do desemprego. Segundo o IBGE, o preço da carne subiu 20,8% em 2024, a maior alta desde 2019, quando a inflação da carne foi 32,4%.
Enquanto isso, o valor dos peixes e frutos do mar se manteve comportado nos últimos 12 meses. Na Ceagesp, por exemplo, o setor de pescados registrou uma inflação de “apenas” 1,95% no ano passado.
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Apesar do desempenho favorável ao consumidor ao longo do ano, em dezembro o preço dos peixes e frutos do mar registrou alta de 3,17% nos preços, segundo os economistas da Ceagesp. E essa maior variação no final do ano se justifica pelo aumento na procura de espécies como o salmão para as ceias.
Mesmo assim, os atacadistas relataram quedas acentuadas nas cotações de peixes com grande interesse comercial no mês passado. E as principais reduções ocorreram na espada (-14,65%), no robalo (-11,40%), na pescada branca (-9,91%), na sardinha lages (-6,99%) e na cavalinha (-6,98%).
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Mas, mesmo com preços em geral comportados na peixaria ao longo de 2024, o ano também foi marcado pela disparada nos preços da tainha. Tradicional e popular, a espécie registrou alta de 55,8% no mercado atacadista em 12 meses.
Essa escalada está diretamente associada à entressafra da tainha, concentrada nos meses mais frios do ano. E também pode estar ligada à redução dos estoques no mar, o que tem motivado o Governo Federal a restringir a captura dessa espécie, tanto em termos de tonelagem quanto de prazo.
Também pesou contra a tainha a invasão de água doce na Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul durante as enchentes de abril e maio.
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O local é um berçário natural para diversas espécies, incluindo a tainha, e acabou enfrentando uma invasão desproporcional de água dos rios, alterando o equilíbrio com a água salgada.
Elaborado pelos economistas da central atacadista, o Índice Ceagesp divulgado no último dia 9 revelou ainda que outros três segmentos foram parceiros do consumidor ao longo de 2024.
Com os resultados de dezembro, o setor de legumes encerrou o ano com deflação. A redução nos preços neste segmento foi de -14,16% em 12 meses.
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No mês passado, as principais baixas ocorreram nas cotações de jiló (-47,91%), quiabo (-39,65%), maxixe (-21,64%), berinjela japonesa (-21,59%) e tomate sweet grape (-18,64%), que estão em plena safra.
Já o setor de verduras encerrou o ano com uma deflação acumulada de -13,58% em 12 meses.
Em dezembro, as principais baixas ocorreram nos preços de alface crespa (-22,25%), coentro (-20,50%), couve manteiga (-17,93%), milho verde (-13,50%) e alface lisa (-13,47%). Essas baixas foram motivadas principalmente pelas férias escolares, que provocam uma redução no consumo das folhosas.
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O setor de diversos também registrou uma performance favorável ao consumidor em 2024. Segundo os economistas da Ceagesp, o preço das batatas despencou ao longo do ano, puxando para baixo a inflação deste segmento.
Só em dezembro, os preços neste setor caíram -9,73%. Com o resultado obtido no fechamento de 2024, o segmento fechou o ano com uma deflação acumulada de -14,48% em 12 meses.
Em dezembro, as principais baixas ocorreram nos preços de batata lavada (-34,32%), batata escovada (-19,42%), batata asterix (-18,66%), coco seco (-14,28%) e amendoim com pele (-6,39%).
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A Ceagesp é a maior central atacadista de alimentos in natura da América do Sul e mantém entrepostos em 15 das 16 regiões administrativas do Estado, à exceção da Baixada Santista.