Cotidiano
Ontem, o presidente do Conselho Estadual de Ética e Fidelidade do partido, Raul Christiano, disse que já tinha em mãos o processo que pedia a expulsão do vereador Felipe Roma, de SV
Márcio França, candidato pelo PSB, foi recepcionado pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa no Paço Municipal / Rodrigo Montaldi/DL
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A decisão unilateral do Diretório Municipal do PSDB de São Paulo (Capital) de expulsar Alberto Goldman, ex-governador de São Paulo, o secretário estadual de Governo, Saulo de Castro, e mais 15 filiados por infidelidade partidária – alguns por se manifestaram em apoio ao governador e candidato à reeleição Márcio França (PSB) – acabou atingindo a Baixada Santista. Ontem, o presidente do Conselho Estadual de Ética e Fidelidade do partido, Raul Christiano, disse que já tinha em mãos o processo que pedia a expulsão do vereador Felipe Roma, o Rominha, de São Vicente.
Ontem mesmo, a Executiva nacional do PSDB se posicionou afirmando que “nenhuma instância partidária municipal tem competência para expulsar membros do diretório nacional ou estadual e que a decisão é arbitrária e inócua. Portanto, os membros seriam reintegrados à legenda.
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No entanto, no meio das discussões, segundo informação veiculada ontem na Rádio Bandeirantes, o candidato João Dória (PSDB) teria insinuado pedido de desfiliação dos demais tucanos que estão apoiando França (PSB), entre eles o prefeito Paulo Alexandre Barbosa. A rádio teria até mencionado a forte recepção que França teve na Prefeitura local, na última segunda-feira (8), repleta de tucanos, ex-tucanos, socialistas, sindicalistas, vereadores e todo o secretariado santista.
No Paço, França foi recebido pelo prefeito Paulo Alexandre (foto), que não se acanhou e gritou: “governador”. O governador destacou que o dia era especial e que fez questão de descer a serra para agradecer. Antes de falar, França pediu a presença do prefeito santista.
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“Se for verdade, Dória precisa formalizar o pedido de expulsão à Comissão Executiva Estadual do PSDB-SP, que o submeterá a minha análise e dos demais membros do conselho”, disse Christiano. A Assessoria de João Dória não confirmou a informação e o coordenador da campanha do candidato na região, o prefeito Alberto Mourão, disse que não vai se manifestar pois não tem o amplo conhecimento da decisão de Diretoria Estadual do PSDB.
Procurado pela Reportagem, Rominha disse ontem, por telefone, que recebeu a carta do pedido de expulsão, que já está preparando sua defesa e que continuará a apoiar França. “Nós do PSDB vicentino firmamos apoio ao Márcio e ao Caio França antes mesmo de Dória se lançar candidato. “Ele (Dória) tem esse postura de coronel. O PSDB de São Paulo não nos comunicou nada com relação a apoio. Eu montei o PSDB vicentino e, se o partido acha que não sou mais importante, que me expulse, mas vou manter minha palavra”, disse Rominha.
O prefeito Paulo Alexandre Barbosa e o presidente do PSDB de Santos, Flávio Jordão, não se manifestaram até às 19 horas de ontem, horário de fechamento da reportagem. O mesmo ocorreu com a Assessoria da campanha Márcio França. Em São Paulo, os expulsos podem recorrer às instâncias superiores do partido. A decisão foi aprovada na tarde desta segunda-feira (8) pelo presidente municipal da legenda, o vereador João Jorge, que ontem não foi encontrado pelo Diário.
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Goldman foi expulso por apoiar a candidatura de Paulo Skaf e Castro a de França. Os demais filiados teriam apoiado Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência da República e não Geraldo Alckmin, que ontem criticou Dória numa reunião do partido.