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Com palhaçadas, malabarismos e contação de história, o Grupo Namakaca narra as peripécias de "Zé Preguiça" - um camponês indolente que, ao ser forçado a trabalhar, se envolve em uma série de trapalhadas e situações inusitadas. A apresentação é neste sábado (15), às 15h, no Novo Anilinas (Av. Nove de Abril, s/nº) e faz parte do Circuito Cultural Paulista, da Secretaria Estadual de Cultura. Esta é a terceira apresentação artística levada pelo Projeto à cidade de Cubatão. Ano passado, pelo menos 6 espetáculos de música, teatro e dança também percorreram a cidade.
Dirigida por Lu Lopes, a peça infantil é uma infiel adaptação de Lazy Jack, conto folclórico britânico que imortalizou a figura arquetípica do preguiçoso presente em diversas culturas, inclusive no Brasil, onde o escritor Monteiro Lobato criou o emblemático Jeca Tatu, baseado nos caboclos pobres e sossegados do interior paulista.
Pelo palco, desfilam personagens que povoam este mundo rural - quatro aves, uma vaca, um burro e até um gato, cujo fantasma assombra a vida de um açougueiro mau, porém medroso. A trilha musical e os efeitos sonoros feitos ao vivo pontuam os momentos cômicos do espetáculo.
O espetáculo
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Uma das peças mais conhecidas do folclore britânico, "Lazy Jack" foi registrado pela primeira vez num livro por iniciativa do australiano Joseph Jacobs (1854-1916). Ao viver na Inglaterra, o autor percebeu que a garotada sabia várias histórias estrangeiras, disseminadas pelas coletâneas do francês Charles Perrault e dos irmãos alemães Grimm. Entretanto, as crianças desconheciam a rica tradição oral do Reino Unido. Ao lançar em 1890 o livro "English Fairy Tales", Jacobs tentou reverter a situação e cunhou o termo "contos de fadas", usado até hoje para caracterizar este gênero literário.
Por meio da trajetória de seu desastrado personagem-título, "Lazy Jack" esboça a caricatura da Grã-Bretanha agrária. Incapaz de cumprir as tarefas mais corriqueiras por falta de iniciativa e de idéias próprias, o camponês se mete em sucessivas confusões para atender o pedido da mãe, que o obriga a procurar trabalho para tirar seu sustento. Apesar da falta de desenvoltura, Lazy Jack é premiado com uma inesperada recompensa, que dá ao conto um final feliz.
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Em três atos, o Grupo Namakaca narra de forma bem-humorada as peripécias de Zé Preguiça. No primeiro ato, três galos se revezam em contar o início da trama para o espectador. Enquanto falam, eles fazem um sapateado tradicional do fandango, calçados com tamancos de madeira.
No segundo ato, números circenses ilustram os trabalhos realizados pelo rapaz. Com malabares, os atores simulam o recolhimento de ovos numa granja. Fantasiados de vaca, dois atores mostram as trapalhadas em que Zé Preguiça se mete para fazer a ordenha. Até um mini-trampolim é usado nas cenas que ilustram os esforços do camponês para amassar o pão.
No último ato, os galos voltam ao palco para arrematar a história. Para conhecer mais sobre a Cia, basta acessar www.namakaca.com.br.
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