Cotidiano

Paulo Alexandre terá que explicar à Câmara sobre atuação do GM

Marcelo Del Bosco conseguiu aprovar requerimento abrindo 15 dias de prazo ao prefeito. A Guarda tem obrigação apenas de resguardar prédios públicos

Publicado em 30/10/2015 às 11:19

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

O prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) terá 15 dias, a contar de hoje, para apresentar explicações à Câmara sobre o suposto desvio de função da Guarda Municipal de Santos. A denúncia foi formulada pelos próprios guardas revoltados com a obrigação de ter que vigiar patrimônio privado, atividade flagrada pelo Diário do Litoral na Rua Viscondessa do Embaré, no Centro da Cidade, durante dois dias e em horários diferentes. 

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Ontem, por unanimidade, os vereadores aprovaram o requerimento do vereador Marcelo Del Bosco (PPS), que obriga o chefe do Executivo a informar quais as medidas tomadas após a publicação da reportagem, bem como, se tinha ciência do ocorrido e uma cópia do decreto que determina a segurança de bens particulares.       
     
É importante lembrar que a Guarda tem obrigação somente de resguardar prédios públicos, porque é paga com o dinheiro do contribuinte. Um leitor enviou também um vídeo mostrando equipes no entorno da Igreja do Embaré, resguardando uma cerimônia de casamento. Há denúncias ainda da utilização da corporação na segurança de lojas maçônicas e outros prédios particulares nos bairros do Gonzaga e Chico de Paula. 

O episódio, dado com exclusividade pelo jornal, causou indignação não só em Del Bosco, mas em outros  parlamentares como Adilson dos Santos Júnior (PT); Douglas Gonçalves (DEM) e Evaldo Stanislau (Rede). Os vereadores manifestaram inconformismo pelo fato de que em muitos próprios públicos não existe a mesma atenção dada aos empresários santistas.

Paulo Alexandre terá 15 dias para explicar desvio de função (Foto: Luiz Torres/DL)

Continua depois da publicidade

“A Secretaria de Segurança já está me enviando alguns dados, que serão analisados para compará-los com o que o prefeito irá responder. Depois, vou fazer um parecer e tentar informar à população o resultado de nossa cobrança, baseada na reportagem do Diário do Litoral”, disse Del Bosco no final da sessão legislativa. 

Prefeitura

A Prefeitura nega resguardar patrimônio privado. No entanto, o próprio secretário de Segurança de Santos, coronel Sérgio Del Bel, afirmou em programas de televisão regionais que não vê qualquer problema em colocar equipes no entorno de universidades, igrejas, casas noturnas e empreendimentos comerciais que atraiam grande número de pessoas.
Para o secretário, a Guarda pode atuar de forma preventiva e ostensiva, como a Polícia Militar, coibindo inclusive roubos e furtos em estabelecimentos privados.   

Continua depois da publicidade

Na Rua Viscondessa do Embaré, por exemplo, o DL flagrou uma viatura, com dois guardas municipais de prontidão 24 horas. Não há qualquer patrimônio público na via senão imóveis particulares.

Segundo informações obtidas pelo DL por intermédio de guardas, inconformados com a obrigação de cuidar de bens particulares e atender solicitações, As ordens são dadas ‘de boca’ (informalmente), pelo Subcomando da Corporação, para evitar a comprovação do serviço particular. 

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software