Cotidiano

Paulo Alexandre confirma acordo com a Rua do Peixe

Segundo o prefeito, além do Walmart, o SPU e o MPF devem se manifestar sobre a possível transferência

Publicado em 08/07/2014 às 10:02

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Oficialmente confirmado. Existe uma relação entre a Prefeitura de Santos e os proprietários do terreno onde seria o Walmart para a instalação de um equipamento público para abrigar os 24 permissionários dos boxes da Rua Áurea Gonzales Conde, popularmente conhecida como Rua do Peixe, na Ponta da Praia.

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“Há uma negociação que envolve a Secretaria de Patrimônio da União (SPU), o Walmart e outros atores envolvidos no processo. Estamos em diálogo permanente com o Ministério Público também. Quando houver uma conclusão, vamos nos manifestar”, disse o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), em entrevista ao Diário do Litoral na última sexta-feira (4).

Semana passada, com exclusividade, o DL informou que um acordo - a cessão em troca do perdão de impostos municipais atrasados e que duraria três anos num primeiro momento - já estava sendo fechado entre os donos da área e a Prefeitura de Santos. Porém, conforme apurado pela reportagem, para evitar problemas judiciais, os proprietários estão exigindo que o acordo seja avalizado pelo Ministério Público Federal (MPF).

A exigência se justifica. A reportagem levantou que, quando da compra do terreno, os empresários teriam demolido indevidamente um galpão dentro da área. O MPF, então, teria ingressado com uma ação para reparo do dano que ainda tramita na Justiça. Os empresários estão solicitando trocar a multa pela cessão da área ao poder público (no caso a Prefeitura), que também perdoaria dívidas de impostos atrasados, conforme já adiantado.

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Permissionários podem ser transferidos (Foto: Matheus Tagé/DL)

Vale lembrar que qualquer transação tem que passar pela Câmara de Santos. Também é importante ressaltar que existe uma ação promovida pela Sociedade de Melhoramentos da Ponta da Praia e pelo Serviço Nacional da Indústria (Senai), inconformados com o mau cheiro e o barulho do local. Por sua vez, os comerciantes também acionaram a Justiça para permanecer na rua.

Até hoje, a Prefeitura busca alternativas, como a transferência dos boxes para o Mercado Municipal ou para o Terminal Público Pesqueiro de Santos (TPPS). A Vigilância Sanitária já havia informado que a transferência dos comerciantes da Rua do Peixe é necessária porque as instalações foram feitas de modo precário, argumento também contestado pelos comerciantes, preocupados com o prejuízo que possam vir a ter com o deslocamento dos boxes para outro local.

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Dentro desta ação, o promotor do Meio Ambiente e Urbanismo de Santos, Daury de Paula Júnior – que se encontra de férias - já pediu vistas ao processo para saber quais os argumentos da Prefeitura sobre a transferência. Ele estava na iminência de solicitar à Justiça a execução da sentença. “Uma tentativa de acordo foi iniciada, mas a Administração não encaminhou resposta. Por isso, devo solicitar a execução”, disse Paula Júnior em abril passado.

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