Cotidiano
Neste sábado (11), terminou o prazo de dois meses do acordo entre a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP) e a Associação Paulista de Supermercados (Apas)
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Os supermercados da cidade de São Paulo voltaram a cobrar dos fregueses as sacolas plásticas de compras. Neste sábado (11), terminou o prazo de dois meses do acordo entre a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP) e a Associação Paulista de Supermercados (Apas), pelo qual duas sacolas eram dadas gratuitamente aos consumidores.
Dois estabelecimentos de grandes redes varejista visitados pela Agência Brasil, no entanto, optaram por estender a gratuidade até a próxima segunda-feira (13).
A açougueira Adriana Oliveira, de 29 anos, não concorda em ter que pagar para conseguir levar suas compras para casa. “Pesa um pouco mais na hora de pagar a conta”, afirmou Adrina, que prefere levar a própria sacola de casa. Apesar de as sacolas custarem, em média, entre R$ 0,08 e R$ 0,10, segundo a Apas, Adriana reclama de ter que comprar sacolas para o lixo. “Antes, eu aproveitava [a recebida no supermercado], mas agora vou ter que comprar à parte.”
Em 5 de abril deste ano, entrou em vigor uma lei municipal que estabeleceu padrões para as sacolas com o intuito de incentivar a reciclagem e o uso de bolsas retornáveis. A mudança fez com que os supermercados passassem a cobrar pelo item. O Procon ressaltou, à época, que o acordo buscou minimizar o impacto das imposições da lei, pois ela não proibiu a cobrança, deixando o consumidor à mercê das práticas de mercado.
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“Quando o Procon nos chamou para fazer um acordo, acreditávamos que valia a pena fazer um investimento de comunicação que engajasse o consumidor no desafio que toda a metrópole tem, que é diminuir os seus resíduos”, disse o vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Paulo Pompilio. De acordo com a entidade, em São Paulo, eram consumidas 700 sacolas por ano por pessoa. A meta é reduzir esse número em pelo menos 60%.
A prefeitura acionou a Justiça para tentar impedir a cobrança, mas o pedido de liminar foi negado no último dia 6. Para o juiz Sérgio Serrano Nunes Filho, da 1.ª Vara da Fazenda Pública da capital, além de o preço das sacolas não ser alto, o pagamento não é obrigatório, e o consumidor tem a opção de usar suas próprias sacolas para levar as compras. O pedido da prefeitura alegava que a cobrança das sacolas poderia atrapalhar os programas de reciclagem.
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De acordo com a Apas, em São Paulo, eram consumidas 700 sacolas por ano por pessoa. “A nossa meta é reduzir para algo em torno de 60% e 70%”, informou Pompílio. Sobre o valor cobrado pelos supermercados, ele disse que a orientação é cobrar o preço de custo. Pompilio destaca, no entanto, que estabelecimentos menores têm menos poder de compra, fazendo com que o item encareça. Por isso, disse ele, a Apas vai comprar, por meio de uma cooperativa, grandes volumes de sacolas e repassá-las aos supermercados.
A orçamentista Luciana Xavier, de 41 anos, sente-se lesada com a cobrança, por entender que o valor da sacola já estava embutido no preço. “Com certeza, não era dado de graça. A gente já pagava.” Luciana considerou a padronização das sacolas válida para incentivar a reciclagem. “Foi uma boa ideia, só não gostei do preço mesmo”, afirmou.
Segundo a Apas, o valor das sacolas não estava embutido no preço dos produtos.
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