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Um helicóptero resgatou todos dos 52 passageiros de um navio de pesquisa que estava preso no gelo da Antártida desde a véspera de Natal. A operação só foi possível depois da melhora das condições climáticas nesta quinta-feira.
A aeronave levou, em grupos de 12 pessoas, os cientistas e turistas que estavam no navio russo Akademik Shokalski para um navio quebra-gelo australiano, informou o Centro de Coordenação de Resgate da Marinha Australiana, que supervisiona as operações. O The Aurora Australis vai levar os passageiros para a ilha australiana da Tasmânia, uma viagem que deve levar duas semanas.
"Eu acho que todos estão aliviados e ansiosos para chegar ao quebra-gelo australiano e então ir para casa", disse à Associated Press o líder da expedição Chris Turney, em ligação feita com um telefone por satélite.
Já os 22 tripulantes permaneceram no navio, que não corre risco de afundar e tem semanas de suprimentos a bordo. Eles vão esperar até que o gelo que impede a embarcação de navegar se quebre.
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O resgate aconteceu após dias de tentativas frustradas de chegar ao navio em razão da neve, dos fortes ventos, da neblina e do gelo denso.
Três quebra-gelos foram enviados para tentar abrir caminho até a embarcação, mas nenhum deles conseguiu. Na segunda-feira o Aurora chegou a 20 quilômetros do navio russo, mas os ventos fortes e a neve forçaram a embarcação a voltar para o alto-mar.
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Na quinta-feira, as condições climáticas quase frustraram mais uma tentativa de resgate. Inicialmente, o helicóptero levaria os passageiros para um navio quebra-gelo chinês, o Snow Dragon, com uma barcaça que os levaria para o Aurora. Mas o gelo do mar impediu a barcaça de alcançar o Snow Dragon, e da autoridade marítima disse que a operação teria de ser adiada.
Uma mudança de última hora nos planos permitiu o resgate. Os passageiros foram levados para um bloco de gelo ao lado do Aurora e depois transportados por um pequeno barco para o navio australiano, disse Turney.
O Akademik Shokalskiy, que saiu da Nova Zelândia em 28 de novembro, ficou preso no gelo depois que uma nevasca congelou o mar ao redor do navio, que estava a cerca de 2.700 quilômetros ao sul de Hobart, na Tasmânia. O grupo de cientistas a bordo estava recriando a viagem que o explorador australiano Douglas Mawson fez na região entre 1911 e 1913.
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Turney esperava continuar a viagem se um quebra-gelo conseguisse libertar a embarcação. Apesar do desapontamento com a interrupção da expedição, ele disse que continua animado. "É um pouco triste que tenha acabado desta forma", declarou. "Mas temos muitas experiências científicas concluídas", afirmou.