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A denúncia de supostas irregularidades e equívocos na formação dos 150 novos guardas municipais, apontadas semana passada pelo presidente do Sindicato dos Guardas Municipais da Baixada Santista (Sindguardas), Sérgio Lúcio da Costa, tem novo desdobramento: a abertura de uma investigação preliminar por parte do Comando da Polícia Militar (PM). A denúncia foi publicada com exclusividade pelo Diário do Litoral.
Em ofício encaminhado ao Sindguardas no último dia 6 — um dia após a denúncia ser publicada — o capitão PM Marcelo Marques Azevedo, encarregado da investigação preliminar, quer saber detalhes sobre a participação de coronéis da PM no curso, para analisar se houve irregularidades cometidas pelos oficiais.
A atitude do comando da PM joga uma grande responsabilidade sobre a Câmara de Vereadores. Na sessão da próxima segunda-feira, os parlamentares santistas decidirão se aprovam, ou não, um requerimento do vereador Douglas Gonçalves (DEM), que solicita que o secretário de Segurança de Santos, coronel Sérgio Del Bel, ocupe a tribuna da Câmara e apresente a versão da Administração sobre todas as supostas irregularidades.
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Aluno da Guarda Municipal de Santos mostra a angústia da falta de preparo
Na última segunda-feira, Del Bel se reuniu a portas fechadas com os membros que compõem a Comissão Especial de Vereadores (CEV) que apura a denúncia. “Quero que o público e a Imprensa de forma geral também tenham a oportunidade de ouvir a posição da Administração sobre a questão. Quero saber detalhes sobre a contratação da empresa que fez o curso”, afirma o vereador.
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O presidente do Sindguardas questiona a falta de prepara dos alunos baseando-se nos seguintes pontos: funcionários públicos dando aulas no lugar de instrutores da empresa contratada para dar o curso; não utilização da matriz curricular obrigatória de formação e capacitação de guardas municipais, imposta pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP); número insatisfatório de horas-aula; falta de matérias essenciais às atividades dos guardas, entre outros pontos, ratificados por um aluno em entrevista exclusiva ao DL, publicada no último domingo.
Contraponto
Por seu lado, o secretário Del Bel defende que o curso foi satisfatório; que seguiu rigorosamente a matriz da SENASP; que não há um número de horas obrigatório a ser seguido (às 240 horas estavam dentro do previsto na grade curricular); que os alunos tiveram uma série de instruções na Arena Santos e em outras unidades da Prefeitura; e que os instrutores são qualificados. Também revelou que os funcionários públicos que receberam valores são capacitados e estavam fora do horário de serviço durante a participação no curso.
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