Cotidiano

Parlamentares do Irã aprovam acordo nuclear fechado com potências

A maioria dos congressistas apoiou a lei que direciona o governo para colocar o acordo em vigor, segundo a imprensa estatal

Publicado em 13/10/2015 às 17:27

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Os parlamentares do Irã aprovaram nesta terça-feira a implementação do histórico acordo nuclear de julho com seis potências mundiais. Com isso, foi retirado um dos últimos obstáculos dentro do país para a iniciativa. A maioria dos congressistas apoiou a lei que direciona o governo para colocar o acordo em vigor, segundo a imprensa estatal.

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A votação terminou com 161 votos a favor e 59 contra, segundo a agência IRNA. Treze legisladores se abstiveram. O Parlamento havia aprovado as diretrizes básicas sobre a lei em votação no domingo.

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Todas as leis aprovadas no Parlamento iraniano precisam do aval final do Conselho dos Guardiães, um poderoso órgão clerical formado por 12 integrantes, antes de entrar em vigor. A palavra final sobre todos os assuntos de Estado, incluindo o acordo nuclear, fica com o Líder Supremo, aiatolá Ali Khamenei.

Um conservador linha-dura, Khamenei já declarou apoio ao acordo, ainda que tenha expressado reservas sobre as intenções dos EUA e advertido contra as tentativas norte-americanas de supostamente se infiltrar no Irã, desde que o pacto foi fechado em julho. O acordo tem sido uma meta na política externa do governo do presidente Hassan Rouhani, uma figura relativamente moderada no ultraconservador sistema político iraniano.

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Com a iniciativa, o Irã receberá um alívio nas sanções internacionais que têm prejudicado sua economia, podendo aumentar bastante suas exportações de petróleo. Em troca, Teerã deve controlar seu programa nuclear, reduzindo o número de centrífugas para enriquecer urânio em operação e convertendo alguns dos locais usados para enriquecimento de urânio em centros de pesquisa.

Em junho, o Parlamento iraniano decidiu que também votaria o acordo, para verificar se ele atende às exigências iranianas. A medida é similar à adotada pelo Congresso dos Estados Unidos em maio sobre o mesmo assunto. Os congressistas norte-americanos também já aprovaram a iniciativa.

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