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A PM luta ainda com outro problema: a percepção de segurança de quem mora no Estado. Pesquisa do Ibope, feita a pedido do jornal O Estado de S. Paulo, mostra percepção de insegurança entre os paulistanos. Ao todo 1.806 pessoas foram ouvidas na quinta-feira.
O levantamento exclusivo mostrou que 44% da população da capital paulista avalia que a segurança na cidade piorou nos últimos 12 meses. A percepção é quase a mesma na periferia (41%) e no interior do Estado (40%). Só 5% dos moradores de bairros mais distantes de São Paulo sentem que a situação melhorou. Já 11% dos moradores do interior dizem que ela melhorou no último ano.
Em outra pergunta, 48% dos entrevistados disseram ao Ibope já terem sido vítimas ou conhecerem alguém que foi vítima de crime nos últimos 12 meses - 52% disseram que não. A maioria afirma que o crime sofrido era o roubo em 37% dos casos, 5% foram furtados e 4% eram vítimas de homicídios. Os mais ricos (mais de 5 salários mínimos por mês, ou cerca de R$ 3 mil) foram os que mais se disseram alvo da violência ou conhecem vítimas (58%). Já entre os mais pobres, esse número ficou em 44%.
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Desmanches
O secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, afirmou que a sensação de insegurança dos paulistas pode diminuir quando as políticas de segurança começarem a surtir efeito. Entre elas estão a Lei dos Desmanches, a Política de Prevenção Criminal e Manutenção da Paz e da Ordem Pública (PrevPaz) da Polícia Militar, que de mês em mês reforça o efetivo da corporação em bairros com problemas de criminalidade, o sistema Detecta e a Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar (Dejem), o "bico oficial" do Estado.
"São quatro vertentes muito positivas. Os indicadores de roubo vêm desacelerando. A alta é menor do que nos meses anteriores. Isso é sinal de que essas medidas vêm surtindo efeito", explicou Grella. Dos índices de criminalidade, o secretário destacou a redução nos casos de roubo e furto de veículo. "A sensação de segurança não é condizente com os indicadores que São Paulo tem. Estamos tomando medidas que atacam também as causas dos geradores da violência."
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