Cotidiano
Washington tem pressionado o Paquistão há anos para que combatesse os rebeldes do Waziristão do Norte. Os EUA também têm usados ataques de drones controlados pela CIA para atingir os militantes
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O exército do Paquistão anunciou uma nova ofensiva próxima a fronteira com o Afeganistão contra militantes locais e estrangeiros. As forças do governo invadiram a cidade de Mir Ali na última segunda-feira, travando uma batalha que deixou três soldados e sete militantes mortos, segundo o porta-voz do exército, o general Asim Saleem Bajwa.
"Nossas forças lançaram uma operação de infantaria contra os terroristas em Mir Ali na segunda-feira e estão encontrando resistência", disse o general a repórteres na cidade de Lahore, no leste do país. Desde junho, quando Bajwa afirmou ter "limpado a área" de rebeldes, 447 insurgentes e 26 soldados haviam morrido. As autoridades também enviaram ajuda aos mais de 800 mil habitantes que deixaram a região tribal no noroeste do país em busca de segurança.
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Mir Ali fica próxima à principal cidade da região tribal do Waziristão do Norte, Miran Shah, onde o exército paquistanês iniciou no mês passado uma operação contra os militantes responsáveis por diversos atentados no país. Os insurgentes também são acusados de estar por trás de ataques a forças dos Estados Unidos, do Afeganistão e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Washington tem pressionado o Paquistão há anos para que combatesse os rebeldes do Waziristão do Norte. Os EUA também têm usados ataques de drones controlados pela CIA para atingir os militantes.
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O primeiro-ministro do Paquistão, Nawaz Sharif, pressionou por uma negociação com os extremistas até o ataque contra o aeroporto de Karachi, em junho, que levou o governo a aprovar a operação. Autoridades afirmam que mais de 800 mil pessoas foram afetadas pela violência na região, o que aumenta as preocupações de uma crise humanitária.