Cotidiano

Papa pede a Putin em carta que defenda solução negociada para a Síria

Na carta, Francisco apela para que Putin se esforce para evitar uma guerra na Síria e lembra que interesses têm se sobrepostos à paz

Publicado em 05/09/2013 às 10:39

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O papa Francisco enviou uma carta ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, atualmente no comando do G20 (que engloba as 20 maiores economias mundiais), cuja cúpula ocorre hoje (5) e amanhã (6) em São Petersburgo (Rússia). Na carta, Francisco apela para que Putin se esforce para evitar uma guerra na Síria e lembra que interesses têm se sobrepostos à paz. Segundo ele, é fundamental buscar uma solução negociada para o fim da crise na Síria.

“É preciso perseguir, com coragem e determinação, a busca por uma solução pacífica por meio do diálogo e da negociação entre as partes envolvidas, com o apoio unânime da comunidade internacional", disse o papa, na carta. Francisco convocou, para sábado (7), um dia de orações pela paz na Síria.

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O papa Francisco enviou uma carta ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, atualmente no comando do G20, cuja cúpula ocorre hoje e amanhã em São Petersburgo (Foto: Divulgação)

Na próxima semana, o Senado dos Estados Unidos vota a resolução, apresentada pelo presidente norte-americano Barack Obama, de uma intervenção militar, por até 90 dias, na Síria. Os norte-americanos alegam que a ação é uma reação ao uso de armas químicas cuja responsabilidade é atribuída ao governo do presidente sírio, Bashar Al Assad.

"Os líderes dos países do G20 não podem permanecer inertes diante das tragédias que tem vivido por muito tempo a população da Síria”, ressaltou o papa, lembrando o sofrimento sírio, com mais de dois anos de guerra na Síria, que matou cerca de 100 mil pessoas. “[Faço] um apelo urgente para ajudar a encontrar caminhos para superar os diferentes contrastes e abandonar toda a vã pretensão de uma solução militar."

Em São Petersburgo, estarão presentes os principais líderes mundiais. A presidenta Dilma Rousseff também participa das discussões cujo foco principal é a adoção de mecanismos para estimular o crescimento econômico. O papa lembrou que, sem paz, não há desenvolvimento econômico no mundo. "A violência nunca traz a paz, condição necessária para esse desenvolvimento”, disse. "A economia mundial vai realmente crescer na medida em que todos tiverem oportunidade a uma vida digna, desde os idosos até as crianças ainda no ventre materno."

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